Centro de Educação participa do projeto nacional Arquipélagos de Memórias

Projeto visa produção de acervo digital sobre o impacto da covid-19 na comunidade acadêmica e família

Por Diana Monteiro - jornalista
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O impacto causado pela pandemia do Coronavírus na vida das pessoas tem despertado para a realização de estudos em várias áreas do conhecimento. No contexto das ações, com foco nessa temática, está em andamento no âmbito universitário brasileiro, o projeto de extensão Arquipélagos de Memórias: pandemia e vida cotidiana de professores, estudantes, mães/pais (família), sob a coordenação geral da Universidade Federal de Goiás (UFG), representada pela professora Valdeniza Barra. Com abrangência nacional, para a divulgação também no âmbito institucional local e regional, o projeto conta com a participação de inúmeras universidades públicas e privadas, além de institutos federais de todas as regiões do país.

Na Universidade Federal de Alagoas o projeto vem se realizando por meio do Grupo de Pesquisa Multidisciplinar em Educação de Jovens e Adultos (Multieja) e conta para as ações com uma coordenação colegiada sob a responsabilidade das pesquisadoras Marinaide Freitas e Valéria Cavalcante, do Centro de Educação (Cedu). Participam também da atividade de extensão, pelo Programa de Pós-graduação Multieja, os mestrandos em Educação Andresso Torres e Ana Luísa Tenório e a graduanda Lyzandra Santos. O projeto tem ainda o apoio do professor Jailson Costa, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Campus Piranhas.

O Multieja é um Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE/CNPq) do Cedu e já atua nas pesquisas que realiza com memórias e cotidianos. Segundo Marinaide, o projeto nacional de extensão vem consolidar ainda mais essas atividades pelo objetivo proposto, que é o registro da história presente.  ”O projeto tem como objetivo produzir um acervo digital de relatos orais dos mais distintos lugares do país, acerca da duração histórica presente com vistas à construção de uma “cápsula do tempo” como legado para gerações vindouras. Ainda, produzir um rico banco de dados para trabalhos de conclusão de curso, Dissertações, Teses, dados para a imprensa, órgãos de pesquisa e outros agentes interessados”, destaca.

Para participar da pesquisa não é preciso fazer nenhuma inscrição. A equipe responsável sensibiliza e divulga aos interessados para acessá-lo via WatsApp. “Estamos utilizando ao máximo as redes tecnológicas de informação para a divulgação e orientação visando multiplicarmos a difusão. Um exemplo: se a pessoa é estudante ou mãe/pai de alunos poderá responder nas duas categorias, e expressar sobre seu cotidiano vivido na pandemia”, explica.

Marinaide adianta que a recepção local ao projeto Arquipélagos de Memórias tem sido excelente e para o devido acompanhamento, a coordenação em Goiás faz o relatório e envia à equipe da Ufal sobre o número de pessoas que já responderam em Alagoas. Os relatos são mantidos em sigilo, em 2022 estarão disponibilizados aos pesquisadores e integralmente em 2024, com a publicação dos dados.“Na dinâmica das ações, para o alcance local do objetivo proposto, caberá à equipe responsável, por meio da Universidade, incentivar a maior capilaridade possível visando à captação de relatos orais para a efetiva produção de amostras representativas de memórias da pandemia”.

“Cápsula do Tempo”

Sobre a contribuição da Universidade Federal de Alagoas à pesquisa nacional, Marinaide destaca que deixará um legado de experiências atuais relatadas, por meio da história presente, às gerações vindouras, em razão dos relatos orais de seu público-alvo quanto à abordagem dos impactos causados pela pandemia em curso. Assim como, seus reflexos tanto na educação, quanto na vida cotidiana mais ampla de estudantes e familiares.

Considerando as consequências sentidas devido à covid-19, a pesquisa também contribuirá para a elaboração de uma cartografia da educação escolar do trabalho docente e suas interligações com a vida do dia a dia dos segmentos alvos. Dotada das perguntas “Como a pandemia da covid-19 está afetando o seu cotidiano?” e “De que forma ela interfere no seu cotidiano?”, o projeto foi pensado com o intuito de criar uma “cápsula do tempo”, seu produto final.

O Arquipélagos de Memórias visa guardar relatos orais da história presente para quem tenha interesse, da graduação à pós-graduação, em investigar sobre a temática. Os relatos orais  gerarão dados para pesquisas.

Entre as instituições de ensino superior, envolvidas nacionalmente nas redes de ações estão: as Universidades Federais da Paraíba (UFPB), de Pernambuco (UFPE) do Paraná (UFPR) e de São Paulo (Unifesp). Ainda, a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Tiradentes (UNIT-SE).  

Como participar

Na plataforma os interessados em participar terão acesso à rede de colaboração e ao projeto completo. Para contribuir, o primeiro passo é ir até o site e clicar na categoria a que pertence: professores, estudantes, mães/pais. Após a escolha, a pessoa será direcionada a uma conversa via WhatsApp. Em seguida, basta ficar atento às observações que serão passadas pela equipe do projeto e gravar, em formato de áudio, o seu relato.

O envio pode ser feito até dezembro. E em caso de dúvidas, entre em contato com a organização nacional do projeto, exclusivamente, pelo e-mail: arquipelagodememorias2020@gmail.com.