Comunidade acadêmica recebe capacitação em educação inclusiva e uso de tecnologias assistivas
Ciclo de Formação está acontecendo para a equipe do Núcleo de Acessibilidade e servidores das bibliotecas
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As equipes do Núcleo de Acessibilidade (NAC) e Sistema de Bibliotecas (Sibi) da Universidade Federal de Alagoas estão, desde o mês de maio e até o mês de setembro, participando do 1° Ciclo de Formação em Instrumentos de Educação Inclusiva.
Realizada em formato virtual, a formação foi idealizada pelo Núcleo de Acessibilidade da Pró-reitoria Estudantil (Proest) e tem como objetivo instrumentalizar a comunidade acadêmica e as equipes participantes na área de tecnologias assistivas.
De acordo com uma das organizadoras do ciclo, a estudante de Educação Física Ana Larissa Silva, o evento foi idealizado para capacitar os servidores acerca da educação inclusiva. “Como estamos num momento de isolamento, pensamos em fazer algo em que as pessoas ainda pudessem trocar conhecimento e falar desse assunto tão importante que é a acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência” explica.
Ela complementa que “pensando no impacto que esse ciclo pode causar na vida pessoal, acadêmica e na visão das pessoas acerca do tema, é extremamente gratificante a concretização dessa capacitação que vem com o intuito de acolher, trocar conhecimento e instrumentalizar as pessoas”.
Ao longo das aulas, estão sendo abordadas temáticas como Redes de Cuidados, Tecnologia Assistiva, Orientação e Mobilidade, Libras, Áudio Descrição, Tecnologia Educacional Balabolka, Orientações para Ledor e Transcritor, entre outras.
Os facilitadores dos cursos, profissionais de diversas instituições do país, apresentam suas metodologias no início dos módulos e priorizam momentos dialogados e dinâmicos, apesar das limitações do ambiente virtual. Com o ciclo, é possível construir e ampliar redes trazendo pessoas de diferentes áreas e instituições para construção dos debates.
O 1° Ciclo de Formação em Instrumento de Inclusão é uma ação de extensão e será contabilizado como horas de trabalho de todos os participantes. Ao final, certificados serão emitidos e enviados via e-mail para os inscritas que participarem e tiverem o mínimo de 75% de presença nas atividades. Não estão sendo realizadas novas inscrições.
Segundo a assistente social do NAC Danielly Spósito, a participação dos inscritos no curso tem sido bastante intensa. “São 45 pessoas de basicamente todos os campis entre servidores e bolsistas participando. O evento é bem interessante e importante para formação da comunidade acadêmica” pontua.
Atualmente, os participantes estão sendo instruídos acerca de orientação e mobilidade das pessoas com deficiência visual (cegueira e baixa visão) a partir da oficina “Autonomia e independência com outros olhos” ministrada pelo professor Delberto de Souza Santana. As aulas têm como propósito abordar a vivência da pessoa com deficiência visual, questões do universo da pessoa cega, formas de deslocamento, procedimentos e artifícios utilizados por estes, entre outros assuntos.
De acordo com o professor Delberto, a importância dessa oficina é a via de mão dupla que ela proporciona: é possível conhecer a acessibilidade do vidente no universo da pessoa cega e a acessibilidade da pessoa cega no universo do vidente.
“Estou percebendo dos alunos uma boa receptividade porque a oficina propicia conhecimentos de acessibilidade ao deficiente visual no universo de nós, videntes, como também o inverso. Muitos videntes não sabem lidar, nem mesmo como prestar um ajuda, auxílio ou como se comunicar verbalmente com deficientes visuais. Essas dúvidas são tratadas pela oficina além de outras questões que eles mesmo trazem, como por exemplo, como acontece a alimentação da pessoa cega ou como poder dar aula de educação física aos estudantes cegos?” explica.
Ao final das aulas, o facilitador do curso indica atividades que são realizadas pelos participantes em suas residências com o intuito de proporcionar a experiência da pessoa com deficiência visual. “Uma das atividades, por exemplo, é a utilização de vendas para realizar as atividades do dia a dia. Assim, eles sentem as inseguranças das pessoas com deficiência visual e essa vivência possibilita que eles conheçam melhor e sistematize as ações que irão executar” conta.