Começam preparativos para 4ª Expedição Científica do Baixo São Francisco
Expedição de 2021 vai contar com museus itinerantes de arqueologia do Xingó e do São Francisco
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O programa de expedições científicas do Baixo São Francisco vem sendo realizado desde 2018. Em outubro de 2021, será a quarta expedição. “E já temos mais cinco anos de financiamento desse programa, ou seja, vamos fechar em 2025. São ações de cunho social, ambiental e de geração de renda no baixo São Francisco”, declarou o coordenador, professor Emerson Soares, do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca).
A expedição envolve cerca de 50 pesquisadores de 28 diferentes áreas, que viajam em duas embarcações de grande porte e seis lanchas de apoio. “Esse ano será maior. Teremos cerca de 60 pesquisadores e vamos levar os museus de Arqueologia e do São Francisco de forma itinerante. Teremos laboratórios flutuantes para acompanhar as coletas das áreas de pesquisa, que vão chegar a 30 nesta edição. Também teremos mais atividades envolvendo as comunidades ribeirinhas e as gestões municipais”, ressaltou Soares.
A expedição pretende ter maior impacto na saúde coletiva das cidades por onde passa. “Vamos desenvolver atividades como instalação de fossas sépticas, ações de saúde bucal, sessões de fisioterapia e educação física com pessoas maiores de 60 anos, entre outras. Também tem o importante projeto de viveiro de plantas na Ilha do Ferro, em Pão de Açúcar, que serve para geração de renda e para o replantio das margens do rio”, relatou o coordenador.
Instituições estaduais e federais vão participar, além de vários comitês científicos. “Contamos com a parceria e o patrocínio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. Estamos organizando o apoio do Ministério do Meio Ambiente e de outros parceiros da iniciativa pública e privada. Cada ano, mais entidades apoiam, o que demonstra a credibilidade alcançada por esse trabalho”, destacou o professor.
Segundo Soares, essa é a maior campanha prática-científica em águas brasileiras. “É uma grande expedição que atrai, cada vez mais, pesquisadores. Além da pesquisa científica que gera relatórios e publicações, os envolvidos também se sentem motivados pela relação que se estabelece com as pessoas que vivem nas cidades que margeiam o rio. É uma experiência social emocionante e inesquecível, que leva atendimentos importantes para essas comunidades”, ressaltou.
A saída, este ano, não será de Penedo, como nas edições anteriores. A previsão é partir de Piranhas. “A mudança se deu por questões de logística e de navegabilidade. Vamos percorrer Pão de Açúcar, Traipu, São Braz, Propriá, Igreja Nova, Neópolis, Penedo, Brejo Grande e Piaçabuçu. A expedição é uma mola propulsora do desenvolvimento de projetos contínuos, ou seja, a expedição é uma vez por ano, mas os desdobramentos são permanentes”, concluiu o professor.
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