Igualdade de gênero: pesquisadoras do Ctec fazem iniciação científica com alunas no ensino médio
Atividades também auxiliam na preparação para o Enem
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Professoras voluntárias do Programa de Apoio aos Estudantes das Escolas Públicas do Estado (Paespe) da Ufal desenvolvem projetos de pesquisa com alunas extensionistas. Além das aulas do pré-vestibular social, as estudantes da rede pública de ensino participam da Iniciação Científica Júnior (ICJ). As atividades de preparação para o Enem aliadas à experiência da ICJ fomentam o ingresso das jovens nas Instituições de Ensino Superior (IES).
Em consonância com o ODS 4 (Educação de Qualidade) e o ODS 5 (Igualdade de Gênero), as atividades de ICJ contribuem indiretamente para o atendimento dos ODS 1 (Erradicação da Pobreza) e ODS 10 (Redução das Desigualdades).
Na Chamada CNPq/MCTIC Nº 31/2018 - Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, três professoras do Centro de Tecnologia (Ctec) da Ufal foram contempladas. Anterior à aprovação dos projetos de pesquisa voltados para as alunas do ensino médio, as professoras Cleuda Custódio, Ivvy Quintela e Karoline Melo já atuavam como voluntárias do Paespe, ministrando aulas e palestras.
Inserção de meninas na gestão de recursos hídricos
O projeto contribuiu com o atendimento do ODS 6 (Água Limpa e Saneamento), por meio do estímulo às jovens meninas, estudantes em escolas estaduais, a participarem como agentes.
As atividades foram realizadas entre os anos de 2019 e 2020, em parceria com a Escola Estadual Padre Cabral. Onde foram destinadas três bolsas de ICJ para alunas do ensino médio, uma bolsa ATP-A para professora da escola na área de ciências e uma bolsa de IC para estudante de graduação do curso de engenharia ambiental e sanitária.
A professora Cleuda Custódio relata que a oportunidade de coordenar o projeto foi muito gratificante. “Todas as atividades previstas foram desenvolvidas, como a realização de visitas técnicas a laboratórios do Ctec e a projetos de irrigação da Codevasf, como também a instrução de atividade com alunos do 6º ano da Escola Padre Cabral utilizando jogos construídos no projeto sobre o tema de Hidrologia”, explicou.
Ela destaca ainda que o principal legado do projeto diz respeito à formação de recursos humanos. “Previa-se inicialmente três meninas do ensino médio (Francilene de Souza, Ana Rachel Balbino e Bárbara dos Santos), uma professora do ensino médio (Rita Cabral) e uma monitora de graduação da Ufal (Pietra Pereira). O sucesso do projeto implicou no ingresso voluntário de mais dois alunos do ensino médio (Graziele Andrade e Jorge do Nascimento), e mais uma monitora de graduação (Giovanna Salomon)”, afirmou.
A integração entre a escola estadual e a Universidade, se deu de forma completa, por meio de visitas às instalações de ambas as instituições de ensino, como também entre os seus professores e alunos.
Inserindo meninas na Engenharia Civil
A ação deste segundo projeto é coordenada pela professora Karoline Melo e tem por objetivo despertar o interesse pela área de Engenharia Civil em meninas estudantes do ensino médio da rede pública do Estado de Alagoas, a partir de uma vivência com experimentos em materiais de construção. O projeto contribui com o atendimento do ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura) e ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis). O projeto está sendo executado entre os anos 2021 e 2022, em parceria com a Escola Estadual Padre Cabral.
Meninas makers: descobrindo a engenharia por meio da Impressão 3D
O objetivo do projeto é despertar o interesse de meninas estudantes da rede pública de Alagoas pela engenharia, valendo-se da impressão 3D e de outras tecnologias digitais. A ação é coordenada pela professora Ivvy Quintela. Por meio das atividades, tem-se o atendimento do ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura) e ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).
O projeto foi aprovado no final de 2020 e será implementado em 2021, a execução será em parceria com cinco escolas da rede pública estadual. A professora destaca que os projetos dos editais Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação contribuem bastante para o Paespe. “O projeto vai utilizar a estrutura e o maquinário do Fab Lab [laboratório de fabricação digital, pertencente à Rede Mundial espalhada em mais de 80 países], onde atuam estudantes de disciplinas como tecnologias de fabricação digital, materiais de construção e outras com conceito de aprendizagem ativa baseada em projetos”, explicou Ivvy Quintella.
IC no Paespe: experiências anteriores
Docentes do Ctec têm atuado diretamente nas ações de IC com alunos do Paespe. Visando o fomento ao ingresso nas Instituições de Ensino Superior (IES), os professores voluntários têm submetido propostas cujo público são os estudantes do ensino médio da rede público de ensino.
Exemplo disso são os 14 projetos aprovados na Chamada Nº 18/2013 MCTI/CNPq/SPM-PR/Petrobras - Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação.
Além de outros projetos realizados que podem ser conferidos neste link