Estudantes criam perfis no Instagram para orientar sobre Assédio e Burnout
O trabalho nas redes sociais faz parte dos projetos desenvolvidos pela turma do 8º período de Medicina do Campus Arapiraca
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Com a orientação das professoras Roberta de Albuquerque Wanderley e Maria Deysiane Porto, os estudantes do 8º período de Medicina do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), estão desenvolvendo projetos para orientar aos trabalhadores e trabalhadoras sobre assédio moral no trabalho e Síndrome de Burnout. Com as dificuldades para realizar atividades presenciais, os estudantes optaram por criar perfis no Instagram onde eles produzem vídeos e artes gráficas para alcançar a comunidade.
Os projetos se alinham com o currículo de Medicina da Ufal que passou por reformulações para garantir uma formação mais humanizada. As ações desenvolvidas pelos estudantes estão integradas às práticas do eixo Integração, Ensino, Saúde e Comunidade. “Professores, Médicos e profissionais da Segurança Pública estão bastante expostos à situações de estresse e ansiedade, por isso, uma campanha relacionada ao tema é muito importante”, destaca a professora Roberta Wanderley.
Segundo a professora Roberta Wanderley, o assédio moral consiste na exposição dos trabalhadores, no ambiente de trabalho, a situações constantes de humilhação e constrangimento. “Essas pressões são feitas de forma repetitiva e por períodos prolongados, e podem gerar adoecimento físico e psíquico. Profissionais de várias ocupações podem sofrer o assédio moral, que pode vir de um chefe, mas também acontece por parte de colegas e até de um subordinado”, relata a professora.
Já a Síndrome de Burnout, é uma síndrome de esgotamento profissional. “Um distúrbio emocional que provoca uma exaustão extrema, que é resultante de um trabalho desgastante ou com muita competitividade e responsabilidade. Os profissionais podem apresentar vários sintomas que caracterizam a síndrome. É comum um sentimento de fracasso, de incompetência, que levam à falta de apetite, alteração do sono, e outros comprometimentos. É importante conscientizar as pessoas sobre a síndrome para reconhecer o momento de procurar ajuda médica”, ressalta Roberta.
O cenário da pandemia de Covid-19 agravou bastante a ocorrência de esgotamento relacionado ao trabalho, principalmente para profissionais da área de Saúde, Segurança Pública e Educação. “Professores tiveram que se adaptar à modalidade EaD. Parece que só ficou a parte dura do ensino, a de elaboração do conteúdo. Perdemos a interação presencial e o relacionamento com os estudantes. Já os profissionais de Saúde tiveram até as férias suspensas pela alta demanda e estão trabalhando sem descanso, sob uma alta demanda, fora a grande responsabilidade com as vidas, num momento de tanta mortalidade pela Covid-19. Tudo isso é adoecedor”, reflete a professora.
Para mais esclarecimentos ouça e divulgue a entrevista da professora Roberta Wanderley ao programa Ufal e Sociedade
Os projetos desenvolvidos pelos estudantes de Medicina estão nos perfis: