4ª expedição científica da Ufal vai doar kits de informática em escolas

Cinco escolas ribeirinhas receberão notebook, data show e equipamento de som

Por Jacqueline Freire – jornalista
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Mini tratores que serão doados durante a expedição deste ano
Mini tratores que serão doados durante a expedição deste ano

A maior expedição científica do Brasil, além de todo o trabalho de pesquisa e monitoramento das áreas próximas ao Rio São Francisco, tem feito um trabalho social que auxilia crianças e adolescentes destas áreas a terem melhores condições de estudo. Este ano a expedição acontecerá em novembro e, durante o trajeto, passará pelas cidades alagoanas de Piranhas, Pão de Açúcar, Traipu, São Brás, Porto Real, Igreja Nova, Penedo, e Piaçabuçu e pelas sergipanas Brejo Grande e Propriá. Nesses locais serão feitas as entregas dos kits, compostos de data show, notebook e caixa de som, iguais aos que foram entregues em 2020.

“Nossa expedição ganhou uma projeção grande, são 65 pesquisadores monitorando o rio em 35 áreas de pesquisa. Além da parte de pesquisa temos a social da expedição, apoiando escolas e municípios nas áreas de educação ambiental e saúde”, explicou o professor Emerson Soares, do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas e coordenador da expedição.

Ao todo, 22 escolas participam de gincanas e atividades educativas promovidas pela Expedição. “Em cada escola fazemos uma espécie de gincana, trabalhando temas como higiene bucal, saúde, educação ambiental, e outros. As escolas eleitas em cada município ganham um kit de informática. Este ano serão premiadas mais cinco escolas. Pretendemos até 2025 estender a doação de kits para as 22 escolas”, contou o professor Emerson.

Além das ações educativas, as crianças e adolescentes também fazem visitas à expedição. “Antes da pandemia, mais de 2.500 crianças e adolescentes visitaram os barcos entre 2017 e 2018 [em 2020 as visitas foram restringidas por conta da covid-19], tiveram acesso aos barcos-laboratórios com equipamentos sofisticados, microscópios, robôs, drones, equipamentos que eles nunca viram”, disse.

O professor Emerson conta, ainda, que outros trabalhos são feitos nas cidades, como ações de tratamento de água com fossas sépticas e biodigestores e a articulação com os prefeitos e gestores das secretarias de Educação, do Meio Ambiente e de Saúde, que proporcionam a realização das atividades.

As ações são feitas com recursos do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco, Cosevasf, Ministérios da Ciência e Tecnologia, Semarh e Ufal. “Temos uma receptividade maravilhosa tanto da população como dos gestores; recebemos apoio de todos os prefeitos das cidades em que trabalhamos, com parceria com as secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Educação. É uma articulação muito forte com os municípios”, revelou o professor, acrescentando: “Em cada dia ficamos em um município e após as ações de educação bucal e ambiental e do plantio de vegetação nativa das áreas marginais do rio, fazemos a entrega dos kits para as escolas, junto com a gincana, coleta de lixo e coleta seletiva”.

Outra grande novidade para 2021 será a doação de três mini tratores, cada um no valor de R$ 70 mil reais, que auxiliarão as associações que trabalham com certificação orgânica. “Ações como esta ajudam a melhorar a produtividade nessas comunidades e a educação nas escolas rurais, pois sabemos que as crianças são a geração futura que ajudará nos trabalhos de proteção e sustentabilidade na região”, finalizou.