Ufal Arapiraca vai fazer testagem e diagnóstico da população de Feira Grande

Parceria foi fechada pela vice-reitora Eliane Cavalcanti durante reunião na última quarta-feira (12)

Por Simoneide Araújo - jornalista
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Vice-reitora Eliane Cavalcanti (de máscara preta) em reunião com equipe da Secretaria de Saúde de Feira Grande
Vice-reitora Eliane Cavalcanti (de máscara preta) em reunião com equipe da Secretaria de Saúde de Feira Grande

O  Laboratório de Biologia Molecular e Expressão Gênica (Labmeg) do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas também vai fazer testes de diagnóstico para detectar contaminação da covid-19 na população de Feira Grande, município distante 147 da capital e vizinho de Arapiraca. A decisão foi anunciada pela vice-reitora Eliane Cavalcanti após reunião com a equipe da Secretaria de Saúde de Feira Grande, realizada na última quarta-feira (12).

Além da vice-reitora, também participaram da reunião a professora do Campus Arapiraca, Carol Fireman, o técnico Abel Neto, o mestrando Adriano José, a secretária Municipal de Saúde, Soraya Medeiros Silva, e Genielson Luiz da Silva, diretor de Vigilância em Saúde e ex-aluno da Ufal. 

De acordo com a vice-reitora, que também é professora do Campus Arapiraca, desde o início da pandemia da covid-19, o município de Feira Grande só realiza testes rápidos para detectar a contaminação da população pelo coronavírus. “O município não realiza o RT-PCR, ou seja, o paciente é regulado para Arapiraca. Na reunião, explicamos para a secretaria o nosso trabalho e o município aderiu ao nosso projeto. A partir de agora, vai passar a testar os seus pacientes na nossa Unidade de testagem no Labmeg”, explicou.

Foi pactuado que o município vai encaminhar para o Campus Arapiraca, diariamente, 25 amostras coletadas de secreção de nasofaringe. A partir de agora, o laboratório do campus vai realizar o teste, dar o laudo e devolver o resultado para o município. “E por que isso é importante? Porque a partir daí, o município vai poder rastrear o paciente, vai poder tratar e só regular para Arapiraca os casos considerados graves. Com isso, a gente vai trabalhar a epidemiologia de Feira Grande”, afirmou a vice-reitora.  

Para a professora Eliane, um dos grandes problemas visto nesta pandemia é justamente a testagem. “Se os órgãos de saúde e as pessoas começarem a se enxergar dentro da pandemia, há uma probabilidade muito grande de sairmos dela. Então, não dá pra tratar a pandemia como algo do vizinho, do outro e não nosso. Para que a gente consiga sair dela, precisamos exercer três coisas: uma é conscientizar a população, a outra é testar para diagnosticar, tratar e evitar o sufocamento dos órgãos de saúde das unidades básicas e dos hospitais; e terceiro é vacinar. Se conseguirmos fazer esses três procedimentos, conseguiremos sair dessa pandemia. É importante destacar que nos locais em que a Ufal está chegando e testando, está contribuindo para reduzir a curva de contaminação”, revelou.

Laudos concluídos e entregues 

No município de Arapiraca o trabalho de diagnóstico continua. "Totalizamos mil e cem laudos concluídos e entregues. Nossa parceria com os municípios continua. Agora foi Feira Grande, mas vamos ampliar a atuação tão logo consigamos receber um equipamento importantíssimo para agilizar nosso trabalho, que é o extrator automático. Toda extração do DNA ainda está sendo feita de forma manual, mas com a chegada do extrator vamos triplicar a quantidade de laudo, por dia, que vamos liberar”, anunciou Eliane Cavalcanti.

Com a chegada do extrator automático a Ufal vai levar o projeto para os municípios Palmeira dos Índios e Lagoa da Canoa.