Universidades Públicas beneficiaram 85 milhões de pessoas em 2020

Estudo do Cogecom levantou as ações em 48 universidades federais e, mesmo com pandemia, formaram mais mais de 50 mil estudantes

Por Ascom Andifes e José Luiz Guerra - jornalista
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Durante o ano de 2020, mais de 50 mil estudantes concluíram a graduação nas universidades federais em diversas profissões demandadas pela sociedade – notadamente nas áreas se saúde, além da formação de centenas de novos mestres e doutores. Essas instituições participantes da pesquisa atenderam mais de 85 milhões de pessoas. Esse é apenas um dos dados revelados por uma pesquisa inédita, coordenada pelo Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A rede federal de hospitais universitários, formada por 50 hospitais vinculados a 35 universidades, disponibiliza, desde o início da pandemia, mais de dois mil leitos para pacientes com covid-19, sendo cerca de 1.300 leitos de enfermaria e em torno de 700 leitos de UTI.

Juntas, as universidades participantes da pesquisa atenderam mais de 85 milhões de pessoas ao longo do ano nas várias frentes de apoio e enfrentamento à covid-19, com uma média de 147 mil pessoas beneficiadas por mês, em cada instituição. O levantamento indica ainda a realização de 73.825 projetos de pesquisa e na área da extensão, 29.451 projetos foram realizados, dentre os quais 2.487 voltados para a questão da pandemia. Foram produzidos mais de 691 mil litros de álcool 70%, 515 mil face Shields, 651 mil máscaras e a realização de mais de 670 mil testes de covid-19 pelas universidades federais, somente em 2020.

De acordo com o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira (UFG), o levantamento revela que, enquanto o mundo precisou parar, as universidades federais não só continuaram, mas redobraram esforços e se apresentaram como aliadas dos brasileiros contra o Coronavírus. “E não poderia ser diferente. Recebemos esses números com alegria, mas não com surpresa, porque nunca esperamos nada diferente das nossas instituições. Mesmo diante da maior crise sanitária da história, as universidades federais honraram o compromisso com a Ciência e com os brasileiros”, celebrou.

Desde o início da pandemia, todas as atividades destacadas na pesquisa foram acentuadas. No entanto, as graves restrições orçamentárias começam a comprometer a capacidade de trabalho das universidades federais. O orçamento destinado às universidades federais para 2021 é 18,16% menor em relação a 2020 e afeta as 69 instituições. Esses recursos correspondem à verba discricionária, ou seja, aquela destinada a custear o pagamento de despesas como água, luz e limpeza, e manutenção da infraestrutura.

A 2ª vice-presidente da Andifes, reitora Joana Angélica Guimarães (UFSB), destacou que, apesar da pandemia e das restrições orçamentárias, as Ifes continuaram a pleno vapor. "Essa pesquisa mostra, de forma concreta, o que fizemos. A atividade da universidade não é voltada apenas para a sua comunidade, mas também para o público externo", reforçou.

O secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduíno, fez menção aos diversos trabalhos promovidos pelo Cogecom, em especial, ao Conhecimento e Cidadania. "Este levantamento mostra a importância da atuação coletiva dos assessores de comunicação não só para a Andifes, como para toda a sociedade, ao distribuir informações corretas, fidedignas e direto das fontes, que são as universidades", afirmou.

Já a diretora do Cogecom, Rose Pinheiro, pontuou que "os resultados são fruto de um trabalho intenso que envolveu a dedicação de docentes, técnicos, colaboradores terceirizados e todo o esforço das universidades em se manterem ativa neste período".

O levantamento teve participação de 70% das instituições que compõem a rede federal de ensino superior e faz parte da campanha “Conhecimento e Cidadania. Juntos pela Vacina”.


Os dados completos da pesquisa podem ser acessados
neste link.