Farmácia Universitária já é uma realidade e será entregue em breve
Esse é um projeto do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Ufal
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Nas últimas semanas, a comunidade acadêmica do Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) tem se movimentado bastante. São reuniões virtuais e presenciais, elaboração de logos, visitas ao local da obra, tudo para deixar pronta a nova Farmácia Universitária, que será localizada num local estratégico, na principal área de convivência do Campus A.C Simões, onde estão localizadas as agências de bancos, e próxima ao ponto de ônibus, com linhas de transporte para os bairros do entorno.
Segundo a professora Camila Braga Dornelas, o novo espaço de ensino-aprendizagem vai se chamar Farmácia Universitária Cruz & Guerreiros. “É uma referência a dois momentos que marcam a história da Farmácia na Ufal: a criação do Curso de Farmácia (1998), para a qual a professora Maria Eliane de Melo da Cruz teve reconhecido papel; e a ascensão do curso à Unidade Acadêmica, com a criação do ICF (2019)”, destacou a professora.
Guerreiros é uma alusão ao Auto dos Guerreiros, uma apresentação de folguedos alagoanos. “Pois, assim como este Auto é resultado da fusão de vários folguedos, o ICF é resultado de personagens de diferentes culturas e expertises que se uniram por um objetivo comum, o fortalecimento da Farmácia em Alagoas”, ressaltou Camila Dornelas
Na quinta-feira da semana passada, dia 8, aconteceu uma visita da comitiva de acompanhamento da obra do prédio que está em reforma, com a participação de representantes da direção, coordenação da Farmácia Universitária e Centro Acadêmico de Farmácia. Também foram realizadas reuniões no gabinete do reitor Josealdo Tonholo para encaminhar os projetos.
A Farmácia Universitária
A criação do Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF) foi aprovada na sessão do Conselho Universitário (Consuni), realizada em 3 de setembro de 2019. “A pretensão de um egresso com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual é uma exigência do Conselho Nacional de Educação (CNE). Assim, os estudantes são capacitados para o exercício em três áreas: fármacos e medicamentos, análises clínicas e toxicológicas e ciências dos alimentos”, esclareceu Dornelas.
Ela destaca ainda a preparação para atuar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “De forma transversal a assistência farmacêutica está pautada em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio. Além das áreas já previstas pela profissão farmacêutica, a estratégia de formação do novo profissional é uma política de saúde local e regional que atende às necessidades do SUS, com ações dirigidas à atenção básica à saúde, em seus diferentes níveis de complexidade”, ressaltou a professora.
A Farmácia Universitária vai contribuir para essa formação teórico-prática voltada para o serviço de saúde para a população. “A Farmácia Universitária pode ser vislumbrada como um cenário estratégico para a extensão, à medida que oferece produto e serviço de saúde, aproximando, assim, a comunidade da Universidade, possibilitando a troca de vivência por meio da assistência farmacêutica. Em paralelo, abrange ações em diálogos interdisciplinares, extrapolando os muros da Ufal”, detalhou a professora Camila.
O novo equipamento da Ufal é previsto pelo Ministério da Educação (MEC) enquanto infraestrutura recomendada para o atendimento aos referenciais curriculares nacionais do curso de graduação em Farmácia. “No início era uma recomendação, mas, recentemente, passou a ser um critério obrigatório para a avaliação dos cursos de graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes)”, informou Dornelas.
A professora relata que a ideia da implantação de Farmácia Universitária no Campus tem registro de 2005, por meio de um Regimento Interno. Em 2007, após sucessivas discussões sobre o assunto, ficou decidido no 1º Seminário de Autoavaliação do Curso de Farmácia iniciar os serviços do Centro de Informação de Medicamentos (CIM), seguido pela implantação de Informações Toxicológicas (Citox). “A reestruturação da planta para reforma do espaço foi finalizada em 2012 e aguardava aprovação do orçamento para o início das obras”, finalizou.