Instituto de Computação da Ufal apresenta Marketplace para construção civil
Produto é resultado de um projeto fomentado pela ABDI e que pretende trazer inovação para o setor
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Com um mês de antecedência, o Laboratório Engenharia e Sistemas (Easy) do Instituto de Computação (IC) da Ufal entrega a versão de homologação do primeiro produto do projeto Construção Alagoas em Rede, contemplado no edital de inovação da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Num evento realizado na manhã da última terça-feira (20), no Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon- AL), foi apresentado o Marketplace da Construção, uma espécie de loja virtual que reúne itens de diferentes vendedores voltados para o setor.
“Com esse sistema é possível congregar desde um serviço, a exemplo de um marceneiro, até um advogado ou um biólogo que te ajuda numa licença ambiental, junto com o preço de material de construção, para garantir que a sua empresa seja o mais eficiente possível, competitiva e entregue um produto de qualidade num tempo rápido”, explicou o reitor Josealdo Tonholo, coordenador do projeto.
A proposta do Marketplace é integrar os setores da construção civil para que insumos, serviços, materiais e licenças ambientais estejam disponíveis em uma só plataforma. No formato de um portal de e-commerce colaborativo, o produto será entregue pela Ufal no final de agosto, funcionando como um banco de dados para construtoras, prestadores de serviço e fornecedores da cadeia da construção civil de Maceió.
Na plataforma de negócios on-line, os compradores poderão fazer cotações de todos os quantitativos e qualitativos de produtos, com diversos fornecedores do mercado. O sistema de referências e pontuação vai diminuir o risco de contratação de pessoas que estão fora do ciclo tradicional de fornecedores da cadeia. Por outro lado, a avaliação dos compradores permitirá a quem vende maior segurança na prestação do serviço ou produto. A plataforma foi intitulada de “Digital Construção”.
Os professores do IC, Márcio Ribeiro e Davi Bibiano, estão envolvidos na iniciativa, que conta com a participação da Federação das Indústrias do Estado do Alagoas (Fiea), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Prefeitura de Maceió e do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon–AL).
“É uma satisfação poder contribuir com um projeto de grande importância para a cadeia da construção civil do Estado. Adicionalmente, cabe sempre salientar a grande capacidade da Ufal na execução de projetos com impactos diretos para a sociedade”, destacou Márcio Ribeiro. “A ideia é escalar o projeto, inclusive, para outras regiões do país”, completou Davi Bibiano.
O prefeito de Maceió, JHC, esteve presente no evento. Após a apresentação, representantes da ABDI realizaram uma visita técnica ao Instituto de Computação da Ufal.
Sobre a conquista do projeto
O projeto do Instituto de Computação foi contemplado por um edital nacional da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), sobre o reposicionamento do setor de construção civil.
Segundo Tonholo, a aprovação nesse edital deixou a Ufal à frente de grandes players e empresas importantes no mercado. O estímulo à transformação digital de empresas dos diferentes segmentos econômicos, como propôs o edital, rendeu o primeiro lugar ao projeto Marketplace Construção Alagoas, entre as 24 propostas de todo o Nordeste.
“Esse edital visa trazer elementos da nova cultura digital com relação às cadeias tradicionais. A construção civil, apesar de ser tradicional, está sendo um elemento de diferenciação no Estado nos últimos tempos”, ressaltou Tonholo, sobre um nicho de oportunidades que a plataforma pode facilitar.
E completa: “Primeiro porque a gente conseguiu trabalhar a questão da competitividade empresarial; e segundo a oportunidade que apareceu nos últimos anos com a mobilidade urbana, por conta da realocação das famílias e dos negócios do [bairro] Pinheiro e regiões afetadas pela subsidência. Então, Alagoas sofreu, a necessidade de uma realocação muito rápida de uma população que estava muito bem assentada. Isso exigiu que as empresas relacionadas à construção civil tivessem competência para prover esses desdobramentos”.