Ministério da Saúde parabeniza laboratório do Campus Arapiraca
Ações de combate à covid resultaram em 2,3 mil testes de diagnóstico
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O trabalho foi intenso e o reconhecimento chegou por meio do Ministério da Saúde (MS). A equipe do Laboratório Molecular Clínico (LMC) da Ufal em Arapiraca enviou à Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública um relatório das atividades realizadas para o combate à pandemia de covid-19 e o feedback veio num despacho de agradecimento.
“Parabenizamos o Laboratório Molecular Clínico da Universidade Federal de Alagoas pela realização dos 2.300 testes diagnósticos moleculares (RT-PCR) para detecção de SARS-CoV-2, pois a realização do diagnóstico veio a contribuir com o Agreste alagoano no enfrentamento da pandemia”, diz um trecho do documento recebido pela Ufal.
No despacho, o MS ressalta a importância da interlocução com o Laboratório de Saúde Pública (Lacen/AL) e com a Vigilância Epidemiológica do Estado para realizar as ações.
“Esse momento é só a ponta do iceberg de todo o processo que a Universidade vem atravessando. Mesmo durante toda essa adversidade e excepcionalidade da pandemia, não paramos de desenvolver as nossas atividades, pelo contrário, estamos dando uma devolutiva à população de tudo aquilo que a essa mesma população investe. A Universidade mostra, mais uma vez, que é essencial, fundamental, e que pode fazer a diferença na vida das pessoas”, destacou a vice-reitora Eliane Cavalcanti, coordenadora do projeto.
O técnico de laboratório responsável pela liberação dos laudos, Abel Lira, conta que o trabalho da Ufal deixou o LMC em evidência devido à importante diferença que fez para o sistema de saúde da região não colapsar.
“Nós conseguimos reduzir em quase 30% os leitos de UTI quando iniciamos a testagem em Arapiraca. A ocupação era de 95% e 20 dias após o início da testagem caiu pra 72%. O LMC já tem uma visão nacional dentro do MS, isso foi de muita importância para a nossa Universidade e de muito ganho para a população”, reforçou Lira.
Iniciativa de sucesso
O Projeto Integrador de Ações Específicas de Combate à covid-19 é coordenado pela professora Eliane Cavalcanti e conta com a colaboração de dez profissionais com doutorado, um doutorando e um especialista. O objetivo era emitir laudos para a detecção do SARS-CoV-2 (presença e ausência) no Agreste alagoano e demais frentes correlatas à disseminação de orientações, protocolos e parcerias com instituições públicas.
Foram realizados, entre os dias 5 de abril e 5 de maio deste ano, 2,3 mil testes por RT-PCR nos seguintes ambientes de saúde: Unidade Sentinela, Hospital Chama, Hospital Nossa Senhora de Fátima, Hospital Regional, Hospital de Emergência e Laboratório Molecular Clínico do Campus Arapiraca.
Com o financiamento do MS, o laboratório conseguiu adquirir equipamentos específicos, insumos como kits de detecção da doença, kits de extração de DNA/RNA, materiais necessários para coleta e acondicionamento de amostras da nasofaringe, além de materiais de laboratório e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A população da região contou com a agilidade da equipe, que analisou e emitiu laudo de todas as amostras no tempo médio de 24h após a coleta.
As prevalências para covid-19 foram de 20,74% em crianças de 0 a 8 anos; 43,33% na faixa etária de 9 a 17; e 39,07% em adultos de 18 a 29 anos. As maiores prevalências foram em adultos da faixa etária de 30 a 64 anos, com 47,13%, e idosos com mais de 65 anos, 60,82%. Com os resultados dos laudos, o LMC viabilizou as ações para isolar os casos positivos para evitar mais transmissões.
“Eu reforço a minha fala: só sairemos dessa pandemia se usarmos as medidas de segurança individual, se testarmos e laudarmos a doença em tempo hábil, e se imunizarmos a nossa população”, lembrou a vice-reitora.