Pró-reitor de Graduação da Ufal visita MEC em busca de convênios e parcerias

Amauri Barros também propôs programa de formação para ensino básico e acompanhou discussões sobre cotas

Por Manuella Soares - jornalista
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O pró-reitor de Graduação da Ufal, Amauri Barros, esteve na Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), na última quarta-feira (14) para esclarecer dúvidas sobre o Edital 35, que prevê a oferta de cursos de Pedagogia e licenciaturas inovadoras. Acompanharam a visita o assessor da Ufal em Brasília, Ineh Alarcão, e a pró-reitora de Graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria do Socorro, que também é coordenadora Nacional do Colégio de Pró-reitores de Graduação das Ifes (Cograd/Andifes) e levou documento produzido pelo Cograd.

“Foi uma reunião bastante proveitosa para todos, onde dialogamos com muita tranquilidade sobre as inquietações das Ifes sobre esse edital, suas possíveis ameaças e oportunidades”, destacou Amauri.

Participaram da reunião o secretário da SEB, Mauro Luiz Rabelo, e os professores Alexandre Guilherme e Leda Regina, da Coordenadoria de Formação de Professores da Educação Básica.

Amauri aproveitou a visita para apresentar sugestão da oferta de um programa de formação continuada para professores do Ensino Básico de Alagoas, inspirado no Programa de Formação Continuada em Docência do Ensino Superior da Ufal, o Proford, que é referência nacional.

Ainda em Brasília, ele acompanhou o pró-reitor de Extensão da Ufal, Clayton Santos, na visita ao secretário Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Paulo Roberto. A oportunidade serviu para discutir projetos para os grupos quilombolas e albinos, e qualificar a implementação da Lei de Cotas, Lei 12711 de 29/08/2012, que completará 10 anos em 2022. i.

Sobre o Edital do MEC

O Edital 35 da Secretaria de Educação Básica do MEC prevê a criação de dez Centros de Excelência no Brasil, sendo dois em cada região, com a oferta de quatro cursos de graduação por instituição componente das redes formadas.

“O Edital tem provocado boas discussões nas Ifes [Instituições Federais de Ensino Superior], pois propõe projetos inovadores com foco na Base Nacional Comum Curricular [BNCC], aprovada em 2018, e também na BNC-Formação [Resolução 02/2019 do CNE], que é bastante questionada na comunidade acadêmica. Além disso, as propostas pedagógicas devem ser organizadas de forma hibrida; privilegiando as metodologias ativas, as tecnologias de ensino e o empreendedorismo”, contextualizou o pró-reitor.

Em cada região brasileira podem ser contempladas duas redes de IES, formadas por uma Instituição Pública Federal , líder da proposta, uma Instituição Pública Estadual e outra privada sem fins lucrativos.

Segundo Amauri, a ideia ida SEB/MEC é integrar os sistemas de ensino nos diversos níveis com IES de naturezas jurídicas distintas. As propostas devem ser articuladas com programas de pós-graduação stricto sensu das áreas de educação, ensino e ciências. “Uma das condições para submissão de proposta é que pelo menos um dos programas de pós-graduação das áreas contempladas possua conceito da Capes igual ou superior a 4 no último quadriênio, o que atendemos, graças ao Mestrado Profissional em Ensino de Física em rede”, ressaltou Amauri, explicando que a Ufal se encaixa no perfil para participar do projeto.