Projeto de Inteligência Artificial ganha fomento de R$ 1,5 milhão
Objetivo é colocar o Brasil no papel de destaque em soluções de IA para empresas nacionais e internacionais
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Uma ideia inovadora e a aprovação de investimentos para pôr em prática. A boa notícia veio do Conselho da Rede de Inovação em Inteligência Artificial (Riia) que aprovou um consórcio na área de Deep Learning com a proposta submetida por professores do Centro de Inovação Edge, vinculado ao Instituto de Computação (IC) da Universidade Federal de Alagoas.
O projeto intitulado Um Framework baseado em Transformers para Domínios Diversos, foi contemplado para receber os recursos no valor de R$ 1 milhão pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e mais R$ 500 mil fomentados por empresas privadas.
O objetivo da proposta desenvolvida no IC é “projetar e implementar novas arquiteturas de redes neurais para avançar no estado da arte para resolução de problemas computacionais relacionados a processamento de linguagem natural [Português Brasileiro], visão computacional, séries temporais e sistemas de recomendação”, explicou o professor Baldoino Fonseca.
O consórcio vai ser realizado em parceira com outros grandes centros de inovação como Senai Cimatec; Eldorado; Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC); além de duas empresas e duas startups. A área de atuação do projeto, Deep Learning, é um tipo de “aprendizado de máquina”, que treina computadores para realizar tarefas como seres humanos e isso inclui reconhecimento de fala, identificação de imagem e previsões.
“Como resultado do projeto, espera-se o desenvolvimento de tecnologia brasileira que permita o Brasil assumir um papel de destaque em soluções de Inteligência Artificial para empresas nacionais e internacionais”, planejou Fonseca.
Novo financiamento
Colocar o projeto em prática será possível graças a Basic Funding, nova modalidade de fomento da Embrapii que destina recursos não-reembolsáveis para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O critério é que o projeto esteja entre os níveis de maturidade tecnológica (TRLs) 2 e 4 e seja desenvolvido por consórcios.
“O principal objetivo é estimular o desenvolvimento de competências tecnológicas em áreas que, por um lado, ainda não estejam totalmente internalizadas nas unidades Embrapii e, por outro, são de interesse industrial, porém ainda não fazem parte do portfólio de investimento das empresas”, descreveu o edital de submissão dos projetos.
Os recursos de Basic Funding são oriundos de dois programas governamentais coordenados pela Embrapii: o PPI IoT/Manufatura 4.0, da Lei de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), e o de Parceria Público-Privada (PPP) para mobilidade e logística, do Programa Rota 2030.
Além de Baldoino, participam do projeto aprovado da Ufal os professores do grupo Edge: Davi Bibiano Brito; Márcio de Medeiros Ribeiro; Rodrigo de Barros Paes; Rodrigo José Sarmento Peixoto; Tiago Vieira e Willy Carvalho Tiengo.