Faltam 10 dias para início 5ª Expedição Científica do Baixo São Francisco
Na edição deste ano, houve ampliação dos trabalhos e a abertura será na cidade de Piranhas-AL, dia 3 de novembro, com atrações diversas e peixamento de espécies nativas
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Ciência, educação e saúde. A tríade da Expedição Científica do Baixo São Francisco chega à quinta edição ainda mais fortalecida e embasando as ações dos 66 pesquisadores voluntários de todo o Brasil, que, de 3 a 12 de novembro, farão das barcas-laboratório o seu lar.
A abertura dos trabalhos será no dia 3 de novembro, na cidade de Piranhas-Al, no Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros, às 8h30, com apresentações culturais da Orquestra Filarmônica. Haverá também o Esquenta Bienal, em parceria com a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal); além de feira de artesanato, para valorizar os produtores locais; exibição do trailer do filme O Imperador e o Rio, produzido por Vera e Yuri Sanada, da Aventuras Produções, diretamente de Los Angeles-EUA; e peixamento de espécies nativas.
Até o momento, estão confirmados para a mesa de abertura: o ministro Paulo Alvim, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e os das federais de Sergipe (UFS), do Agreste de Pernambuco (Ufape) e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb); gestores municipais da região; representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBH São Francisco), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf); da Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL); e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).
Este ano, a Expedição passará por sete municípios alagoanos e três sergipanos, contemplando, assim, toda a região do Baixo São Francisco. Os pesquisadores participantes vão desenvolver várias ações, como coleta de amostras e análise da água, do solo, da ictiofauna, da flora, do pescado nas feiras livres, da situação de saúde da população ribeirinha, de indígenas e quilombolas e muito mais. Ao todo, serão 35 áreas de pesquisa, cujos resultados serão disponibilizados em livro, à semelhança dos anos anteriores. Para ter acesso às publicações das edições passadas, clique aqui.
A educação ambiental é outro aspecto que tem se fortalecido por meio de palestras de conscientização e sensibilização nas escolas públicas e nas comunidades, de instalação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV), de plantio de árvores nativas para reflorestamento das matas ciliares e de trabalho com as colônias de pescadores da região, já que restos de materiais de pesca também são uma grande fonte de poluição nos rios e oceanos. “Esses materiais, quando lançados ou perdidos nas águas, podem continuar capturando peixes por longo tempo: é o que chamamos de pesca fantasma. Por isso, é tão importante esclarecer o público dos pescadores também”, explicou o professor e engenheiro de pesca Vanildo Oliveira, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), autor da cartilha educativa Plásticos: perigo nos rios e oceanos.
Barco da saúde
A área da saúde é a principal novidade deste ano na Expedição. Ribeirinhos, indígenas e quilombolas serão atendidos por profissionais de várias especialidades médicas e realizarão exames laboratoriais, de saúde da mulher e rastreabilidade de câncer de intestino, por meio da investigação de sangue oculto nas fezes. A comunidade será atendida no Barco da Saúde e todos os municípios serão contemplados.
Sobre a logística, a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti, explica que as secretarias municipais de Saúde já estão fazendo a busca ativa dos pacientes. “No geral, os municípios realizam esses exames, mas demoram para entregar os resultados e, enquanto isso, o paciente fica como? Nós vamos emitir os laudos em até 48 horas e, por meio da parceria com o nosso Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU) da Ufal e o Hospital Universitário da UFS, os pacientes com complexidades serão encaminhados e devidamente tratados”, destacou a docente.
A Expedição Científica do Baixo São Francisco é uma realização da Ufal, por meio de investimento do MCTI, CBH São Francisco, Codevasf, Semarh-AL e Fapeal. Tem apoio da Fundepes, Agência Peixe Vivo, Tanto Expresso, ICMBio, Emater-AL, Hanna Instruments, Colgate, Rotary Club Arapiraca, Grupo Coringa, Andrade Distribuidor LTDA e das seguintes universidades e instituições de pesquisa: UFRPE, UFBA, Unir, UFPB, UFS, INPI, UEFS e do IEAPM.
Itinerário da 5ª Expedição:
Dia 3 de novembro: Piranhas (AL);
Dia 4 de novembro: Pão de Açúcar (AL);
Dia 5 de novembro: Gararu (SE) e Traipu (AL);
Dia 6 de novembro: São Brás (AL);
Dia 7 de novembro: Propriá (SE);
Dia 8 de novembro: Igreja Nova (AL) e Chinaré;
Dia 9 de novembro: Penedo (AL);
Dia 10 de novembro: Piaçabuçu (AL);
Dia 11 de novembro: Foz do São Francisco e Brejo Grande (SE);
Dia 12 de novembro: encerramento da Expedição em Penedo (AL)
Mais informações no perfil do Instagram @expedicao_saofrancisco e neste link.