Almoxarifado de produtos químicos vai passar por reforma
Produtos são controlados pela Polícia Federal e mudança nas regras facilitou trâmites burocráticos para os pesquisadores
- Atualizado em
Com muita cautela e a proteção necessária, técnicos do Almoxarifado Químico da Ufal estão realizando o transporte dos produtos para desocupar o espaço que vai passar por uma reforma. São mais de seis mil itens inflamáveis que estão sob controle e fiscalização da Polícia Federal e que ficarão armazenados provisoriamente em local próximo ao prédio do Centro de Tecnologia (Ctec), no Campus A. C. Simões, em Maceió.
Todo processo está sendo feito sob a supervisão do técnico de Laboratório Joziano Cavalcante da Silva desde o mês passado e só será concluído essa semana. A reforma do Almoxarifado era uma demanda antiga já solicitada, mas com alguns problemas de infiltração no teto se tornou urgente.
“Finalmente, depois de muitos anos a reforma do telhado vai ser feita. Quando chove é muita água que cai dentro. Um risco para a Universidade, porque nós dispomos aqui de muitos produtos inflamáveis, até explosivos, que podem ser um grande risco para toda a comunidade do entorno”, ressaltou Joziano, adiantando que a empresa responsável pelo serviço já foi contratada e que outras demandas ainda precisam ser atendidas num futuro breve.
Todo o material tem licença da Polícia Federal para ser utilizado e apenas os professores cadastrados podem solicitar. De acordo com Joziano, cerca de 50 a 100 litros de produtos químicos saem do almoxarifado para os laboratórios da Ufal com a finalidade de realizar pesquisas.
O responsável técnico do Almoxarifado Químico envia um relatório mensal para a PF com todas as informações do que foi comprado e a quantidade do que foi usado. Tudo é fiscalizado e atende aos critérios estabelecidos na portaria MJSP 240/2019. Alguns produtos saíram, recentemente, da lista de exigência de controle pela Polícia Federal e agora não são mais necessários passar pelo almoxarifado.
“Quatro produtos que são bastante usados nas unidades acadêmicas, por professores e pesquisadores da Universidade saíram do rol desses produtos [controlados]. Entre eles estão Carbonato de Potássio, Tetraidrofurano e Hidróxido de Potássio”, detalhou Joziano, e reforçou: “Não há mais necessidade do professor apresentar para a empresa onde ele está comprando o certificado de licença de funcionamento”.
Essa determinação vai facilitar os procedimentos burocráticos para os pesquisadores, mas as regras de cuidados nos laboratórios seguem rigorosas e sob a responsabilidade dos professores e técnicos.
Com o início da reforma, que deve durar até 60 dias, os atendimentos serão realizados no prédio do Programa de Pós-graduação em Materiais do Centro de Tecnologia (Ctec). "Os produtos ficarão armazenados provisoriamente no prédio do PPGMAT, atrás do CTEC e os usuários continuarão retirando seus produtos no local. O contato pode ser feito através da Secretaria do IQB, pelo ramal 1384", destacou.