Expedição Científica é destaque na 19ª Semana Nacional de C&T
Emerson Soares, coordenador do programa e professor da Ufal, apresentou as principais realizações da quinta edição do programa científico
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No penúltimo dia da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília-DF, o professor Emerson Soares, coordenador-geral das Expedições Científicas do Baixo São Francisco, apresentou no palco principal do evento um balanço da 5ª edição, ocorrida de 3 a 12 de novembro, com 66 pesquisadores de todo o país e 27 instituições envolvidas, em dez municípios ribeirinhos de Alagoas e Sergipe.
Com o tema “Expedições Científicas no São Francisco e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”, os espectadores puderam compreender a relevância do Rio São Francisco em nível nacional, seus principais problemas, o que tem sido feito para mitigá-los e como as expedições, ao longo dos cinco últimos anos, têm contribuído para o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região do Baixo, já que os dados coletados e apresentados à sociedade por meio de publicações científicas são utilizados para geração de políticas públicas.
“Queremos agradecer a participação da Expedição aqui na SNCT, foi muito importante o professor Emerson mostrar a realidade da região do Baixo São Francisco aqui para nós, no Distrito Federal. O trabalho de vocês levando o que tem de melhor da ciência, da tecnologia e da inovação para as comunidades ribeirinhas, dando qualidade de vida a essas pessoas e ao rio, é fantástico!”, destaca Silvana Copceski, coordenadora-geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI.
A trajetória do trabalho também foi ressaltada na apresentação: “Em 2017, nós apresentamos a proposta, vínhamos de uma situação de 7 anos de estiagem, e a situação estava grave do ponto de vista de geração de renda, pesca, e disponibilidade de dados. Com o apoio de poucas instituições, começamos o trabalho de diagnóstico e compreendemos quão grave era a situação no Baixo São Francisco”, conta Soares.
Desde então, a expedição atraiu novos apoios, incluindo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Hoje, os pesquisadores conseguem levar à região ações como coleta de material para análise da água, solo, peixes e flora; saúde bucal, consultas médicas e exames; educação ambiental, doações para instituições e escolas; e visitas a comunidades indígenas, quilombolas e colônias de pescadores.
“O MCTI entrou como grande investidor, o que deu um upgrade no nosso trabalho. Hoje em dia são 27 instituições fazendo parte do trabalho, 90 pessoas ao todo, 35 áreas de pesquisa. É a maior expedição científica do Brasil. A confiança da população é grande conosco, as prefeituras entraram em parceria. Isso mostra que, com união da comunidade e instituições parceiras, nós conseguimos ter resultados que podem ser replicados e melhorar a qualidade de vida e ambiental do São Francisco”, pontua.
As Expedições Científicas do Baixo São Francisco são uma realização da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do investimento do MCTI, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal); e do apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), Agência Peixe Vivo, Tanto Expresso, ICMBio, Emater-AL, Hanna Instruments, Colgate, Rotary Club Arapiraca, Triunfo Pedras, Grupo Coringa, Andrade Distribuidor LTDA e das seguintes instituições de pesquisa: UFRPE, UFBA, Unir, UFPB, UFS, INPI, UEFS e do IEAPM.
Mais informações estão disponíveis no Instagram @expedicao_saofrancisco e na página no portal da UFAL
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