Gestão da Ufal faz força-tarefa para reativar restaurantes universitários
Cerca de 50% dos recursos já devidos e liquidados pela Universidade foram devolvidos pelo MEC
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O reitor Josealdo Tonholo reuniu toda equipe técnica nesta segunda-feira (19) para fazer um primeiro balanço da situação orçamentária e financeira da Universidade Federal de Alagoas após a devolução de recursos por parte do Ministério da Educação. Dos R$ 10,14 milhões já liquidados pelo DCF, o MEC liberou cerca de R$ 5,2 milhões e, com isso, foi possível pagar as dívidas, incluindo a dos fornecedores dos restaurantes universitários. Agora, há uma força-tarefa para conseguir reabrir os RUs de Maceió, Rio Largo, Viçosa, Arapiraca e Delmiro Gouveia e continuar garantindo refeições para os estudantes.
“Estamos correndo atrás do prejuízo deixado pelos cortes orçamentários, prejudicando as atividades administrativas e de ensino na nossa instituição. Felizmente, recebemos a notícia, na última sexta-feira (16), que o MEC liberaria uma parte dos recursos já devidos e compromissados pela Ufal, recursos já liquidados. Hoje (19), temos a constatação que dos mais de R$ 10 milhões que Ufal já tinha liquidados, chegaram recursos para pagar cerca de R$ 5 milhões e nossas equipes já estão correndo para fazer os pagamentos”, anunciou Tonholo.
Com relação ao orçamento, o reitor esclarece que a Ufal tinha um montante de mais R$ 10 milhões ainda bloqueado. “Foi feita a liberação para que a gente tivesse a capacidade de empenho ainda esta semana. Ainda não temos a informação em relação à liberação do financeiro e não sabemos quando isso vai ocorrer, mas isso, pelo menos, já nos permite fazer os empenhos daquelas compras que tiveram de ser contidas por conta da retirada no nosso orçamento. Nesse momento, nossas pró-reitorias, Sinfra e DCF estão trabalhando para fazermos tudo que estiver ao nosso alcance para reativar nossos restaurantes universitários”, completou.
Tonholo tem a expectativa de retomar atividades, como por exemplo, pagamento de bolsas: “Conseguimos pagar todas as bolsas que dependem da Ufal. Vamos fechar o ano de 2022 com todas as bolsas empenhadas e liquidadas. Isso para nós é um alento porque sabemos das dificuldades enfrentadas pelos nossos alunos para continuar estudando. A Ufal tem de dar condições de estudo e uma delas, também, é garantir a alimentação nos RUs”, esclareceu.
E reafirma: “A expectativa é que possamos fechar o ano mitigando os impactos nefastos dos cortes no orçamento, mas isso não resolve os nossos problemas. Continuamos com um gargalo e o orçamento não vai ser suficiente para pagar todas as contas, por isso, vamos rolar algumas dívidas para 2023. A expectativa é que a gente tenha nesse novo governo uma sensibilidade não só em relação a honrar as contas deste ano que está findando, mas garantir o orçamento de 2023 que permita o pleno funcionamento da nossa universidade”.
Após a reunião com a equipe, o reitor conversou com uma comissão do Diretório Central dos Estudantes, Thatiana Machado, Domício Fernando e Lucas Oliveira. Os alunos foram ao GR saber sobre a reabertura dos RUs, principalmente o de Viçosa e o do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), em Rio Largo. Tonholo relatou o que foi apresentado pela equipe técnica e que todos estão numa força-tarefa para conseguir reabrir os restaurantes o quanto antes.