Secretário Nacional de Igualdade Racial anuncia recursos para projeto da Ufal
Anúncio foi feito durante reunião, nesta terça-feira, no gabinete do reitor Josealdo Tonholo; recursos foram liberados pelo Ministério de Direitos Humanos para ação voltada a quilombolas albinos
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Na manhã desta terça-feira (22), o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, recebeu em seu gabinete o secretário Paulo Roberto, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ligada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O objetivo da reunião foi tratar da liberação de recursos para o projeto de saúde para albinos de comunidades quilombolas de Alagoas e também para o Censo das Cotas.
Participaram desta reunião a vice-reitora Eliane Cavalcanti; a deputada federal Tereza Nelma; os pró-reitores de Extensão, César Nonato; de Graduação, Amauri Barros, e de Gestão Institucional, Jarman Aderico. Representando os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) estavam Danilo Marques, Vagner Bijagó e Regla Toujaguez. O projeto da Faculdade de Medicina (Famed) foi apresentado pelas professoras Edna Bezerra, Priscila Nunes, além da técnica em Assuntos Educacionais, Maria Cristina Oliveira.
Durante as falas sobre a importância do projeto Direito à saúde da pessoa albina: perfil e diagnóstico de saúde e a busca por ações de ruptura das iniquidades em municípios alagoanos, a ausência mais sentida foi a do professor Jorge Riscado, um grande ativista desta causa, que faleceu em outubro do ano passado. Os pronunciamentos homenagearam a dedicação que ele tinha em defesa da saúde da população negra. “É fundamental que levemos adiante o legado do professor Jorge. Precisamos abrir a Universidade para as comunidades quilombolas”, destacou a vice-reitora.
A comunidade beneficiada com recursos liberados pelo governo federal é a Filús, localizada em Santana do Mundaú, onde são encontradas famílias com o distúrbio genético que causa o albinismo. “Foram liberados R$ 1,2 milhão para o projeto de Saúde com a população albina e mais R$ 300 mil para o Censo das Ações Afirmativas da Ufal. São duas ações da maior importância social para a superação das desigualdades e o acesso à saúde e à educação da população negra de Alagoas”, ressaltou o reitor.