Ufal prepara programação para o Dia Nacional contra os cortes em Educação e Ciência
Ifal, Uneal, Uncisal e Fapeal também participarão de campanha que reúne entidades científicas e acadêmicas de todo o país
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Universidades, Institutos Federais, instituições do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação estão se mobilizando para o Dia Nacional de “Não aos cortes em Educação e Ciência”. A campanha vai ser no próximo dia 21 de junho, terça-feira, e cada instituição participante é convidada a elaborar uma programação local focada contra os cortes anunciados em áreas decisivas para o futuro do Brasil, como ciência, educação, cultura, saúde, meio ambiente e inclusão social.
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), as universidades estaduais de Alagoas (Uneal), de Ciências da Saúde (Uncisal) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) irão se unir em uma programação conjunta.
“Estamos definindo uma programação local e especial para terça-feira pela manhã. Será um evento virtual, que vai reunir as instituições públicas de ensino superior de Alagoas e a Fapeal”, adiantou o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo. E destaca: “País desenvolvido e soberano se faz com educação forte e ciência madura. Não ao retrocesso na ciência e na educação! Basta de cortes!”
Em breve, a programação local vai ser divulgada e toda comunidade universitária e a população em geral estão convidadas a acompanhar e participar.
Cortes drásticos
Os cortes drásticos no orçamento das áreas de Educação e Ciência, realizados pelo Ministério da Economia, têm colocado em risco o funcionamento de universidades, institutos e centros de pesquisa.
No caso da Ufal, o reitor Josealdo Tonholo definiu como prioridade, diante do bloqueio do orçamento, o investimento em tecnologia da informação (TI) e o pagamento de bolsas e terceirizados, essenciais para manutenção da instituição.
Ele explica que, se não for mantido o investimento em compra de equipamentos de TI, a Ufal pode parar de funcionar. “Temos de manter nossa programação de investimento em TI porque, senão, a Universidade para. Isso é fato! Sem internet e sem sistemas funcionando, a Ufal para. Em relação ao restante das demandas, nós vamos ter de ‘brigar’ e tentar sensibilizar o governo para recuperar o montante que está sendo bloqueado. Não temos mais de onde tirar”, justificou.
E completa: “Vamos fazer um sobre-esforço para manter os nossos contratos continuados, que abarcam nossos terceirizados, garantir as bolsas dos nossos estudantes e a manutenção da Universidade. E, mesmo assim, corremos o risco do nosso orçamento não ser suficiente para acabar o ano. Todas as outras áreas terão demandas bloqueadas.”