Gestão faz 1ª reunião presencial com novos diretores de unidades acadêmicas
Na pauta, apresentação de dirigentes e conselheiros do Consuni e do Cura na próxima terça, no auditório da Reitoria
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A Universidade Federal de Alagoas vai apresentar à sociedade alagoana os novos diretores e diretoras das unidades acadêmicas e campi fora de sede e os representantes dos docentes, técnicos e estudantes nos conselhos superiores, Universitário (Consuni) e de Curadores (Cura). A solenidade será na próxima terça-feira (3), às 9h, no auditório da Reitoria, no Campus A.C. Simões, em Maceió. O anúncio foi feito ontem (29), durante a primeira reunião presencial gestão da Ufal com os diretores e diretoras das unidades acadêmicas e campi fora de sede eleitos para o quadriênio 2022-2026.
A cerimônia da próxima terça-feira será uma reunião conjunta do Consuni e do Cura, seguindo todo o rito universitário, com cortejo e vestes talares, com a presença dos diretores e vice-diretores eleitos, representantes docentes, técnicos e estudantes eleitos, titulares e suplentes. “Teremos um momento muito importante para apresentação dos nossos gestores e conselheiros e aproveito para convidar também os familiares para partilharem conosco dessa cerimônia”, disse o reitor Josealdo Tonholo.
Para dar às boas-vindas aos dirigentes, o reitor e a vice-reitora Eliane Cavalcanti estavam com a equipe da gestão central: os pró-reitores de Gestão Institucional, Jarman Aderico; de Gestão de Pessoas, Wellington Pereira; de Graduação, Amauri Barros; de Extensão, Cezar Nonato; Estudantil, Alexandre Lima; o coordenador de pós-graduação, Walter Matias, representando a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Iraildes Assunção; chefe de gabinete, Ubirajara Oliveira; a assessoria técnica do GR e equipe do cerimonial da Universidade.
Na pauta da reunião, o reitor trouxe mais dois temas para dividir com os dirigentes: orçamento 2022 e 2023 e saúde mental, uma proposta para recuperar o Fórum de Saúde Mental na Universidade. “Trazemos essa questão orçamentária para que todos e todas tomem conhecimento da nossa situação, porque não temos como cumprir as nossas obrigações porque não temos mais orçamento para este ano. Estamos vendo o que vamos conseguir pagar as contas nos próximos meses. Vamos entrar em 2023 devendo dois meses de 2022. Isso é lamentável, mas não temos de onde tirar”, desabafou Tonholo.
E completa: “Não quero ser catastrofista, mas este ano continuamos com a Universidade aberta, desenvolvendo nossas atividades, mas a gente vai rolar dívida. Ano que vem eu não sei se a gente começa, porque, além de rolar dívida dos últimos meses de 2022, vamos chegar no começo de 2023 com dois meses de atraso na fatura, tendo que pagar as atividades de janeiro e fevereiro e o que vai chegar será um dezoito avos porque não teremos lei orçamentária. Corremos risco seríssimo de estourar nossa capacidade. No histórico da Universidade, nunca tivemos uma situação orçamentária tão crítica. Ainda estamos abertos, graças à energia e ao empenho de toda a nossa gente, nossos técnicos, nossos docentes e nossos estudantes. Corremos um sério risco de descontinuidade das nossas atividades ano que vem”.
É urgente!
Em sua fala, o pró-reitor de Gestão Institucional, Jarman Aderico, mostrou-se bastante preocupado com a previsão do orçamento da universidade: “Precisamos nos mobilizar para tentar reverter a situação orçamentária da Ufal. Isso é urgente!”
Sobre essa questão do orçamento, o reitor convidou a coordenadora de orçamento da Ufal, Luísa Oliveira, para fazer um panorama da situação. Ela apresentou gráficos e tentou traduzir o esforço da gestão para garantir o funcionamento da Universidade. “Estamos fazendo nosso dever de casa, buscando economizar o máximo possível para manter nossas atividades. Conseguimos manter os serviços essenciais. Trouxe aqui dados sobre como a Ufal se comporta nos últimos sete anos e o que está sendo projetado para os próximos”, relatou Luísa.
Na próxima semana, a Proginst emitirá uma Nota Técnica com todas as informações sobre a situação orçamentária da Ufal. “Só para se ter uma ideia, em 2017, a Ufal teve uma dotação orçamentária [recursos recebidos] de R$ 100 milhões. A LOA [Lei Orçamentária Anual] para 2023 está no valor de R$ 84 milhões. Uma queda de R$ 16 milhões num cenário de atividades totalmente presenciais e um cenário ascendente de despesas”, revelou a coordenadora.
E completa: “Temos uma curva ascendente de despesas e, reafirmo, não é uma irresponsabilidade da Universidade. A curva de receita é que não está acompanhando o funcionamento da instituição. A Ufal se comporta, inclusive, dentro de um padrão aceitável. Podemos ver que em 2023, temos uma projeção de valor semelhante a 20018 e 2019. A Ufal não está crescendo irresponsavelmente. O governo é que está irresponsavelmente nos abandonando”.
Ação e cuidados
Na última pauta do dia, o reitor convidou a professora Cristina Camelo, do Instituto de Psicologia, e a diretora da Escola de Enfermagem, Maria Cicera Albuquerque. Elas relataram um pouco do que estão vivenciando em reuniões que estão acompanhando as situações provenientes de problemas relacionados à saúde mental de integrantes da comunidade acadêmica.
Além das duas professoras, a gestão e os diretores e as diretoras de unidades acadêmicas e campi fora de sede defendem a instituição de uma política de ação e de cuidados. “Não se trata de um encaminhamento jurídico a situações envolvendo servidores e estudantes. Todos devemos nos preparar para enfrentar essas questões sociais que vêm se agravando. É preciso compreender o que é esse fenômeno da saúde mental e essa ação da gestão da Ufal de trazer à tona essa discussão é um passo importante para o crescimento e o fortalecimento de todos”, ponderou a professora Cristina.