Ufal participa de teste de integridade para aferir confiabilidade das urnas
Votos em cédulas estão sendo recolhidos na Faculdade de Direito e serão encaminhados para digitação no dia das eleições oficiais
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Começou nesta quarta-feira (28) e segue até a próxima sexta-feira (30), na Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), a votação em separado promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. O local foi escolhido para receber uma das 20 urnas de cédulas distribuídas por todo o Estado com propósito de realizar o Teste de Integridade, que é uma das diversas etapas de auditoria das urnas eletrônicas.
A expectativa é recolher 500 votos em cédulas fornecidas pelo próprio TRE-AL. Para a logística, a FDA conta com o apoio do Centro Acadêmico Guedes de Miranda, que está passando nas salas de aula, para aplicar a votação. O voto é secreto e anônimo, não precisa de identificação ou assinatura de lista e podem participar estudantes, professores e técnicos.
A recomendação é que a comunidade acadêmica vote nos candidatos que realmente votarão no dia das eleições, ou seja, em votos válidos. Caso sejam colocados números fictícios, o voto será considerado nulo, tal como ocorre com o voto real. Também é possível votar em branco, que será devidamente computado. Após o período de votação, a urna será encaminhada para o TRE.
“A gente fica muito feliz em colaborar com esse momento, especialmente para os estudantes que são cidadãos, eleitores e, no futuro, também podem trabalhar em espaços relacionados ao processo eleitoral. É um aprendizado muito grande e uma contribuição para a democracia”, destacou a diretora da FDA, Elaine Pimentel.
Como acontece a auditoria
O Teste de Integridade é feito pela Justiça Eleitoral desde 2002 e, este ano vai contemplar mais equipamentos no processo de fiscalização em todo o país. Alagoas tem 6.626 seções, sendo 6.622 seções normais, duas de voto em trânsito e duas de presos provisórios. Aqui no estado foram sorteadas ou escolhidas 20 urnas para serem submetidas ao procedimento.
O principal objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento eletrônico. Para isso, o teste simula uma votação normal e segue o mesmo rito de uma seção eleitoral comum, como emissão da zerésima e impressão do Boletim de Urna (BU).
No dia 2 de outubro, das 8h às 17h, mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados nas cédulas que sairão da FDA e das outras 19 urnas escolhidas em Alagoas serão digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador.
O resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido na apuração manual. Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste.
“Para a Faculdade de Direito de Alagoas é muito importante a colaboração com a Justiça Eleitoral nesse momento democrático em que a comunidade acadêmica pode contribuir para a fiscalização e a auditoria das urnas eletrônicas, comprovando que se trata de uma modalidade de votação segura, transparente e auditável”, reforçou Elaine Pimentel.