Ufal vai criar comissão para elaborar política de bem-estar e convívio com animais
Decisão foi anunciada durante reunião do reitor com servidores e terceirizados envolvidos com a causa
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O reitor Josealdo Tonholo se reuniu com professores, técnicos e terceirizados que trabalham coletivamente pela causa animal, na última quarta (12). Foi uma conversa preliminar sobre a criação de uma comissão e o desenvolvimento de uma Política de Bem-estar e Convívio com Animais Comunitários e Silvestres.
A reunião no Gabinete do Reitoria, da qual participaram representantes da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), além das docentes Luiza Rabelo, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Larissa Mendes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), da técnica Lúcia Lima e da terceirizada Eliane Omena, que são voluntárias nos cuidados de animais que vivem no Campus A.C. Simões.
Segundo o reitor, a ideia é começar a tratar da situação do convívio com os animais de forma institucional, com regulamentação específica. “Precisamos lidar com essa situação, que é uma questão de saúde humana e ambiental, com seriedade, por meio de uma forte política institucional. Para a nossa segurança e para a segurança dos animais que compartilham o espaço conosco”, afirmou. Ele acrescenta que existem diversas ações de cuidados com os animais, mas todas lideradas por voluntários de forma isolada, sem respaldo da instituição.
Além da circulação de animais silvestres e do entorno, a Universidade passou a figurar como um ponto de abandono. A prática se enquadra como crime de maus-tratos, pela Lei 9.605/98 de Crimes Ambientais, com pena de detenção de três meses a um ano e aplicação de multa. “A Ufal começou a ser vista como um ponto de descarte e precisamos fazer um monitoramento ainda mais incisivo para punir os responsáveis”, afirmou Larissa Mendes.
De acordo com Luíza Rabelo, a questão passa pelos cuidados e proteção, mas também pode abrir portas para a pesquisa e o desenvolvimento de produtos voltados para o bem-estar animal, como biscoitos para auxiliar na administração de medicamentos e shampoos antiparasitas. “Tem toda uma questão que envolve alimentar, vermifugar, vacinar, fazer o controle de natalidade por meio de castração, mapear e monitorar os bichos, mas também é uma questão que pode abrir portas para o desenvolvimento da instituição e de investimentos em pesquisa e inovação”, explicou.
Durante a reunião, foram levantados pontos sobre o que pode ser institucionalizado a partir da política, como os cuidados básicos com os animais que vivem nos campi, campanhas de adoção e conscientização sobre convivência, monitoramento incisivo para evitar abandonos e outros maus-tratos na Universidade. A partir do estabelecimento da política institucional, uma comissão permanente de acompanhamento das ações será montada para acompanhar e avaliar os trabalhos desenvolvidos.
Chamada pública para participação na Comissão
A partir dos pontos discutidos na reunião, ficou defina a criação de uma comissão para desenvolver a Política de Trato e Convívio com Animais Comunitários e Silvestres. Sugestões e inscrições podem ser feitas até o dia 30 de janeiro pelo endereço eletrônico comissaopbea.ufal@gmail.com. A ideia é reunir pesquisadores, estudantes, técnicos, terceirizados de todos os campi comprometidos com a causa animal para diagnosticar os principais problemas e traçar estratégias e a regulamentação da política.