Tese da Ufal é premiada pela Sociedade Brasileira de Economia Ecológica
Anderson Araújo, docente do Campus Arapiraca, pesquisou a dimensão biofísica da economia brasileira
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O resultado do 1º Prêmio Brasileiro de Dissertações e Teses em Economia Ecológica, promovido pela Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, foi divulgado no dia 15 de outubro. Entre as teses vencedoras, está: “Avaliando a dimensão biofísica da economia brasileira: uma análise sociometabólica no período 1970-2019”, de Anderson Henrique dos Santos Araújo, sob a orientação de Daniel Caixeta Andrade.
Anderson Araújo é docente do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ele é alagoano, nascido em Maceió, e ingressou no curso de graduação em Ciências Econômicas, em 2005. Em seguida, fez o mestrado em Economia Aplicada, também pela Ufal, concluído em 2013. Em 2014, foi aprovado no concurso para professor substituto (Feac), e efetivo (Campus Sertão).
Já em 2016, ingressou como docente no curso de Administração Pública, do Campus Arapiraca, onde continua atuando. Em 2018, foi aprovado no processo seletivo para doutorado em Economia, ofertado pela Universidade Federal de Uberlândia. “Na ocasião pude aprofundar os estudos sobre economia ecológica (EE), desenvolvimento e sustentabilidade”, relata o professor.
Sob orientação do professor Daniel Caixeta Andrade, Anderson estudou as contribuições do sociometabolismo. É uma categoria analítica que busca quantificar os fluxos de matérias e energia, convergente com a economia ecológica. A partir dessa abordagem, construímos uma análise biofísica da economia brasileira entre 1970 e 2019”, explica o pesquisador.
A tese aborda teoricamente o metabolismo social e sua relevância bibliométrica. “Utilizo esse ferramental metodológico para analisar a trajetória de crescimento econômico dos últimos 50 anos, marcado pelo intenso uso doméstico e exportações de materiais (biomassa, minerais metálicos, minerais não metálicos e combustíveis fósseis). O ensaio econométrico demonstra que a intensidade material é marcada pelas relações de causalidades entre variáveis econômicas e degradação ambiental”, detalha Anderson.
Para Anderson, ser laureado no 1º Prêmio Brasileiro de Dissertações e Teses em Economia Ecológica é motivo de enorme satisfação. “É uma grande possibilidade de contribuir com a Economia Ecológica (EE), dada sua importância para uma compreensão mais racional da emergência climática e crise socioambiental, uma vez que a EE questiona o papel do crescimento econômico a todo custo. Agradeço imensamente ao apoio da Ufal, que possibilitou o afastamento para desenvolvimento da pesquisa”, finaliza Anderson Araújo.