Congressos de iniciação científica e tecnológica da Ufal começam dia 27

Eventos acontecem na capital e interior até quarta-feira,29, com 741 trabalhos do Pibic e 87 do Pibiti

Por Simoneide Araújo - jornalista
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De 27 a 29 (segunda a quarta-feira), a Universidade Federal de Alagoas realiza dois grandes eventos para promover reflexões sobre  a necessidade de estimular ações institucionais e políticas públicas voltadas a reduzir a diferença de gênero e raça na ciência. 

O 33º Congresso Acadêmico de Iniciação Científica (Caic) e o 16º de Iniciação Tecnológica (Cait), que, este ano, trazem o tema Igualdade, Equidade e Diversidade de Gênero na Ciência, terá abertura nesta segunda-feira, às 9h, no auditório da Reitoria do Campus A.C. Simões, em Maceió.

Estamos buscando promover a reflexão sobre a necessidade de estimular as ações institucionais e políticas públicas voltadas para reduzir as assimetrias de gênero e raça na ciência, além de reforçar a necessidade de promover ações para aumentar a participação de meninas e mulheres na ciência, estimular a participação de mulheres em posição de decisão, remover barreiras e promover e apoiar a participação de mulheres na carreira acadêmica e nas diversas áreas da ciência.

Assim, já na graduação, as meninas podem, por meio do ingresso na iniciação científica e na tecnológica, romper barreiras sociais e culturais e alcançar um espaço nos diversos âmbitos da sociedade alagoana e brasileira, tendo em vista que o papel da produção científica é devolver a dignidade e a justiça social a todos os atores sociais, cumprindo com a responsabilidade social da instituição”, enfatizou Magna Suzana, coordenadora de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep).

Além de Maceió, os eventos também acontecem simultaneamente no Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), em Rio Largo; no Campus Arapiraca e no Campus do Sertão. Ao todo, o evento contemplará 828 trabalhos, sendo 741 trabalhos de Iniciação Científica e 87 de Iniciação Tecnológica, em todas as áreas de conhecimento. As apresentações dos trabalhos do Cait vão acontecer exclusivamente no dia 27 de novembro, a partir das 13h. Já os projetos do Caic serão nos dias 28 e 29.

A coordenadora Magna Suzana reforça o convite para estudantes e professores. “É importante ressaltar a participação de todos os estudantes e orientadores na abertura do Caic e do Cait, haja vista, o 33º Congresso Acadêmico de Iniciação Científica, do nosso Programa de Bolsas de iniciação Científica (Pibic) e o 16º de Iniciação Tecnológica do Programa de Bolsas de Iniciação Tecnológica (Pibiti). Todas as pessoas envolvidas devem participar porque os dois eventos estão previstos na Semana de Eventos Acadêmicos, conforme Calendário Acadêmico. Além disso, todas as pessoas presentes receberão certificado de participação equivalente a quatro horas”, anunciou.

Em relação às solenidades que serão realizadas no âmbito da Ufal, Magna reforça que esses eventos buscam “ressaltar a relevância do conhecimento científico na comunidade acadêmica local no contexto do ensino, da pesquisa, da extensão e da responsabilidade social".

E completa: “Nossos alunos bolsistas e voluntários do Pibic e do Pibiti apresentarão os resultados finais das suas pesquisas, dando visibilidade ao trabalho executado durante os últimos doze meses. Os trabalhos serão avaliados por mais de 70 consultores externos oriundos de diversas instituições de ensino superior ou de pesquisa. O Guia do evento, contendo todas as orientações para alunos e orientadores, está disponível neste link.

Outro ponto a ser considerado é que os melhores trabalhos apresentados no Caic e no Caiti serão premiados com Certificado de Excelência Acadêmica. “Sem contar que esses trabalhos também poderão ser convidados para a reapresentação na 76ª Reunião Anual da SBPC [Sociedade Brasileira para Progresso na Ciência], considerado o maior evento científico e que ocorrerá no período de 7 a 13 de julho de 2024, no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará, que este ano traz o tema Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, reafirmou Magna. Para mais informações sobre a SBPC, acesse o site.

De acordo com a professora Magna, os trabalhos ainda poderão concorrer ao Prêmio Destaque na Iniciação Científica, destinado aos bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). “Destacamos a atuação eficiente do Comitê Assessor das Unidades Acadêmicas e campi para o sucesso e suporte do evento”, disse, ao ressaltar que a programação do evento está publicada no site da Ufal.

Conquista

Para a realização do evento, a coordenadora de Pesquisa destaca que este ano haverá o lançamento dos Anais de Congressos do Pibic e Pibiti de 2019-2020 e 2020-2021 no repositório da Ufal (RIU) com o ISSN. “Esta será mais uma etapa cumprida da nossa coordenação e marcará a história do nosso Programa, bem como desta gestão que não só valoriza a ciência, mas percebe a importância de reconhecer o esforço que cada estudante e cada orientador e orientadora despende em prol da ciência”, completou Magana.

E reforça: “Outra importante conquista, fruto do esforço contínuo desta equipe, contribuiu para estarmos hoje comemorando muitos avanços. Desta feita, um que está diretamente relacionado à temática deste ano, a diversidade na ciência. Na dinâmica do trabalho empreendido pela Propep na pesquisa, aproveitamos para destacar a conquista de cotas institucionais junto ao CNPq para os programas institucionais. Algo muito bem avaliado foi a criação do nosso próprio programa Institucional de Bolsas Pibic AF.”

Na opinião da professora Magna, a inclusão de mais mulheres e pessoas de diversos gêneros na ciência traz uma variedade de perspectivas e abordagens, de forma a enriquecer a pesquisa e a inovação. “A equidade de gênero na ciência é uma questão de justiça social, assegurando que oportunidades e reconhecimento sejam distribuídos de maneira justa, independentemente do gênero. Assim, podemos criar ambientes científicos equitativos, promovendo a eficiência e a eficácia, pois assim, aproveitamos todo o potencial de talentos disponíveis, melhorando a qualidade da pesquisa sob a ótica de não apenas um gênero”, defendeu.

A coordenadora ressalta que pensar em atitudes e práticas como estas podem inspirar futuras gerações. “As mulheres cientistas atuam como modelos que inspiram futuras gerações, encorajando mais meninas a perseguirem carreiras científicas e tecnológicas. Ao aumentar a participação feminina na ciência, contribuímos para o crescimento econômico, pois pode promover a inovação e a competitividade em escala global e desafios científicos globais. A equidade de gênero na ciência maximiza a capacidade de encontrar essas soluções. Ao quebrar estereótipos de gênero na ciência, contribuímos para uma sociedade mais justa e igualitária, promovendo oportunidades iguais para todos. A equidade de gênero não apenas fortalece a comunidade científica, mas também tem impactos positivos em toda a sociedade, impulsionando o progresso e a inovação onde todos, independente de gênero ou raça, serão beneficiados”, finalizou Magna Suzana.