Encontro da Renorbio discute vacinas, covid, IA, startups, entre outros temas

O tema central é Ciência, Inovação e Responsabilidade Social. A partir daí o céu é o limite para a vasta programação do 4º Encontro Nordestino de Biotecnologia, uma promoção do programa Renorbio, uma rede formada por instituições de ensino e pesquisa de todos os estados da Região Nordeste e do estado do Espírito Santo, que agrega cerca de 200 pesquisadores, atuantes nas diferentes áreas da Biotecnologia.

De 10 a 12 de dezembro no Centro de Inovação em Jaraguá, serão discutidos temas como vacinas, covid, inteligência artificial, biorrefinarias, biocatalisadores, CTNBIO, startups, formação de RH e outros assuntos de alta relevância. O programa Renorbio teve início em 2006, e atualmente é um programa nível 6, mais de 500 discentes e em torno de 1400 teses defendidas. A coordenação geral muda a cada quatro anos, e no momento é da professora Marília Goulard, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

A ideia do Encontro é promover um fórum de discussão científica, unindo instituições e pesquisadores da região NE e de outras regiões do Brasil, e criar um ambiente para interação entre os setores produtivos e a academia, visando a busca de soluções para problemas de mercado. As inscrições para submissão de trabalhos foram prorrogadas até 15 de novembro.

“É um prazer enorme recebermos nossos docentes e discentes para uma atividade conjunta e presencial. O Renorbio é muito grande, os coordenadores se conhecem; mas os estudantes, que são de diversos estados, não. Então esta é uma oportunidade única de reunir muitos participantes do programa em Maceió e poder discutir e ver as possibilidades de interação na pesquisa, extensão, entre outros”, avisa a professora Marília Goulart, coordenadora geral do Programa Renorbio e membro da comissão local de organização do evento.

Programação

A professora Marília destaca os muitos temas que serão discutidos no evento: “Pensamos numa programação rica e atual, com muitos bons pesquisadores participando. Vamos iniciar com o tema das vacinas, com a professora Santuza Ribeiro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Logo em seguida, teremos mesas redondas sobre formação de recursos humanos, e sobre como a universidade brasileira e o Renorbio auxiliaram no combate aos desastres que aconteceram no Brasil, sejam desastres em termos de saúde, como a pandemia, ou por conta da mineração, ou do óleo derramado nas áreas do Nordeste”, afirma.

Os pesquisadores vão apresentar as soluções que vieram da Universidade para mitigar e controlar os efeitos desses desastres, e a professora lembra a importância desses temas, especialmente para os estudantes da área. “Também teremos uma aula sobre liberação de drogas e uma das partes que é muito atual na programação é a parte de inteligência artificial e suas perspectivas na biotecnologia”, comenta.

Também haverá palestra sobre a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). “Ela é uma escola viva, teremos a presença do presidente e uma palestra sobre soja, que é uma riqueza brasileira. A CTNBio é quem analisa todos os processos que vão, por exemplo, levar a plantação de milho e soja modificados, plantas resistentes à pragas… Todos os aspectos relacionados à biotecnologia. Teremos estudos de caso que serão como aulas práticas”, revela a professora.

No último dia haverá ainda um momento de networking com empresas da área de tecnologia, apresentação de casos de sucesso, startups apresentarão seus produtos, além da mostra de painéis e palestras pelos estudantes selecionados pelo Comitê Científico do Renorbio. “Esta é uma oportunidade dos estudantes conversarem com esses pesquisadores de nível internacional e ver a possibilidade de estágios, é um momento muito precioso, de muita relevância”, avalia.

A programação também conta com uma aula prática sobre cosmetologia, controle de carrapatos, petróleo e muitos outros temas. Doutores, especialistas, pesquisadores, técnicos e estudantes de graduação e pós-graduação da área de Biotecnologia e afins, oriundos de universidades, institutos de pesquisa, órgãos governamentais e dos setores produtivos de todo o país devem participar do evento. A organização geral do encontro está sob responsabilidade da coordenação geral do programa de doutorado Renorbio, com o apoio do comitê científico formado por pesquisadores de diferentes instituições da região NE.