Gestão faz reconhecimento com premiação às melhores dissertações e teses

Discursos na solenidade destacam avanço das pesquisas de alcance internacional produzidas na Universidade Federal de Alagoas

Por Lenilda Luna - jornalista / Fotos Renner Boldrino
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Reitor Josealdo Tonholo e vice-reitora Eliane Cavalcanti entregam premiação às vencedoras
Reitor Josealdo Tonholo e vice-reitora Eliane Cavalcanti entregam premiação às vencedoras

A manhã de quinta-feira (2) foi dedicada à celebração da qualidade da produção de conhecimento científico na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A entrega do Prêmio Ufal de Dissertação e Tese 2022 reuniu representantes da gestão, pesquisadores e estudantes, no auditório da Reitoria Reitor Nabuco Lopes. A solenidade foi aberta e teve apresentação musical do saxofonista Vanilson Coelho, servidor da Ufal.

Em seguida, a mesa presidida pelo reitor Josealdo Tonholo foi composta com Eliane Cavalcanti, vice-reitora da Ufal; Iraides Assunção, pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (Propep); Walter Matias, coordenador de Pós-graduação da Propep; João Vicente Barroso, presidente interino da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Taciana Melo, vice-presidente da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes); Vladimir Caramori, presidente do Fórum de Unidades Acadêmicas da Ufal; e Débora Massmann, representante do Fórum de Coordenadores de Pós-graduação.

Numa iniciativa pioneira para estimular e reconhecer a dedicação à pesquisa, foram premiados 19 trabalhos de mestrado e seis de doutorado, em várias áreas do conhecimento. Os autores de teses de doutorado premiadas foram: Gustavo Paulino, Eduardo Rocha, Diego Adauto, Danilo Santos, Rafaela Teixeira e Alexandre Mangueira.

As dissertações de mestrado premiadas foram de Hellen Caetano, Lucas Fonseca, Gabriela Silva, Jefferson Pereira, Viviane Pinheiro, Paulo Lima, José Augustinho Santos, Laura Santos, Alfredo Silva, Manuel Lima, Elaine Mendonça, Osvaldo Santos, Andréa Silva, Ada Rízia Carvalho, Rafael Silva, Amanda Santos, Mariana Estevo, Maryana Rocha e Evellyn Silva.

A vice-reitora Eliane Cavalcanti agradeceu a presença de pesquisadores, familiares e comunidade universitária em geral, que estiveram presentes ao auditório da Reitoria. “Essa premiação busca reconhecer o esforço e a dedicação das pesquisadoras e pesquisadores, assim como contribuir para a divulgação de novos conhecimentos que são relevantes para o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas. Destaco ainda a promoção da igualdade racial e de gênero no ambiente científico, reconhecendo a produção de pessoas negras e das mulheres”, ressaltou.

A pró-reitora da Propep, Iraildes Assunção, comemorou o fortalecimento da pós-graduação na Ufal e a qualidade que os programas têm alcançado nas últimas avaliações das agências de fomento e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Foram 45% dos programas da Ufal que subiram de nota. Esse avanço é inédito na nossa Universidade e é fruto de um trabalho feito com muita dedicação de todas as equipes de docentes, discentes e técnico-administrativos envolvidos. A qualidade dos processos desenvolvidos nos programas gerou esse resultado que nós alcançamos agora. Estamos consolidando um planejamento para a pós-graduação em todos os níveis e queremos homenagear uma pessoa que nos últimos três anos muito nos ensinou. Estou falando do professor Walter Matias. Chegamos aqui com a sua liderança”, agradeceu a pró-reitora ao homenagear o coordenador da pós.

A iniciativa de premiar os trabalhos científicos foi bastante elogiada pelos representantes da Universidade e das Fundações de apoio. “Certamente produz impacto científico e social no âmbito da Ufal. Parabenizo a Propep por essa premiação e a todas as pessoas premiadas, tanto estudantes de pós-graduação que produziram os trabalhos, quanto os orientadores e orientadoras”, declarou Débora Massmann, do Fórum de Coordenadores de Pós-graduação.

A representante da Fundepes, Taciana Melo, parabenizou a equipe da Propep por instituir a premiação. “Estamos aqui para congregar, agregar e fortalecer esse ambiente de pesquisa e todas as entidades empenhadas nesta missão. Nós da Fundepes estamos chegando a 45 anos de existência, numa parceria muito produtiva com a Ufal, alcançando este ano o marco de 1604 bolsistas, entre graduação e pós, atuando e colaborando em projetos. Trouxemos a Fundação para a Universidade para estreitar esses laços e atender melhor aos nossos bolsistas”, destacou Taciana.

Mas as dificuldades enfrentadas nos últimos anos, com os cortes no orçamento das universidades e das agências de fomento à pesquisa também foram citadas neste momento de celebração. “Nós tivemos que manter o financiamento com recursos do Estado. Ano passado foram 150 bolsas de mestrado e 50 de doutorado, uma prova de que o governo de Alagoas entende a importância da Ciência. Vamos continuar esse trabalho e agora com a expectativa de mais recursos federais”, destacou João Vicente Barroso, da Fapeal.

O prêmio foi descrito como um compromisso de valorizar a Ciência. “Que foi judiada nesses últimos anos, mas conseguimos superar as dificuldades para alcançar esse momento de celebração. O conhecimento se traduz em importantes soluções e alternativas que são aplicadas, porque a Ciência se constrói para a sociedade brasileira. Essa primeira edição do Prêmio é também esse momento de avaliação do que estamos produzindo. É uma prestação de contas à sociedade sobre a importância e o retorno dos investimentos feitos aqui”, destacou o professor Vladimir Caramori.

O reitor Josealdo Tonholo finalizou os discursos destacando que a gestão da Universidade se dedica a apoiar a produção científica. “É muito tocante para mim, porque somos dedicados à Ufal e reconhecemos a competência dos orientadores, orientadoras e estudantes. Os diretores e diretoras das nossas unidades acadêmicas merecem nossos aplausos, porque têm a tarefa de conduzir as atividades administrativas e acadêmicas e são colaboradores dessa excelência que a nossa universidade alcança”, pontuou.

Tonholo lembrou o pioneirismo da Faculdade de Letras, que no final da década de 1980 instituiu o primeiro programa de pós-graduação da Ufal. “A iniciativa de Letras foi seguida pela Física, depois Química, e portanto, são programas com algumas das pesquisadoras engajadas há mais tempo nas produções científicas da nossa universidade, como Rita Lima e Marília Goulart”, reconheceu o reitor. Neste momento, a memória da professora Denilda Moura, fundadora do primeiro programa de pós-graduação da Ufal, foi lembrada e homenageada com aplausos.

O reitor fez um breve relato do desenvolvimento da pós-graduação na Ufal. “Quando cheguei aqui, no início da década de 1990, eram três cursos de pós-graduação. Tive a oportunidade de integrar a Propep na gestão do reitor Rogério Pinheiro e, naquele período, saltamos para sete programas de pós. Já na gestão da professora Ana Dayse, fomos para quase 30 programas, uma mudança radical, e no início do milênio, tivemos um grande incremento, que estamos mantendo com muito esforço, para chegar à qualidade que conquistamos”, relatou Tonholo.

Josealdo Tonholo destacou que, recentemente, numa conjuntura dramática, a sociedade pode compreender a relevante contribuição das universidades brasileiras. “Durante a pandemia de covid-19, todas as nossas áreas de pesquisa voltaram-se para encontrar soluções e salvar vidas. As universidades ajudaram o Brasil a enfrentar esse momento. E de tudo isso que estamos falando, não só da pandemia, mas da crise ambiental com o derramamento de óleo no litoral, e ainda com o afundamento dos bairros de Maceió atingidos pela mineração de sal-gema, enfrentando os discursos que desacreditaram as universidades, e as situações de adoecimento mental dos nossos pesquisadores, ainda assim, chegamos aqui e precisamos nos enxergar melhor e nos fortalecer, para continuar”, reforçou o reitor.

Confira as fotos da solenidade que estão no álbum do canal da Ufal no Flickr. Clique aqui