Coordenador do Festival de Música faz balanço do evento em Portugal
Marcos Moreira destaca apoio recebido da Ufal e demais parceiros para realização do evento e já vislumbra a segunda edição em 2024
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Ao atravessar o Atlântico, de volta ao Brasil, a comitiva do Festival de Música de Penedo trouxe na bagagem o resultado de trocas de experiências, aprendizados e a sensação de dever cumprido. Foi a união de pesquisadores e músicos brasileiros e portugueses, orquestras e bandas de Castro Daire, Murça e Mirandela. O coordenador-geral do evento, Marcos Moreira, avalia como muito positiva a iniciativa e fala do desafio e do apoio recebido para que o sonho virasse realidade.
“Sempre quis levar um projeto para outras paradas, principalmente internacionais. Já havíamos conseguido levar pesquisadores e músicos de Portugal para o Festival em Penedo. Só que, agora, foi a primeira vez que saímos com nosso núcleo e fomos para as terras do além-mar. Conseguimos, com essa iniciativa, criar um polo para servir de base para novos eventos na Europa”, revelou o professor Marcos Moreira.
E completa: “Quero destacar todo apoio recebido do reitor Josealdo Tonholo e sua equipe de gestão, do governador Paulo Dantas e da secretária de Estado da Cultura Melina Freitas, do prefeito de Penedo, Ronaldo Lopes, e seus secretários, Tereza Machado, da Cultura, e Jair Galvão, do Turismo. Sem essas pessoas não teríamos conseguido atravessar o Atlântico para levar a música brasileira e as nossas pesquisas para Lisboa e Castro Daire. A todos, meu muito obrigado!”
Além dos projetos musicais, Moreira destaca a importância dessa estada em Portugal para divulgar o que o curso de licenciatura em Música da Ufal está produzindo. Sobre os próximos passos, ele é enfático: “Mostramos nossa potencialidade e, daqui para frente, vamos ter mais publicações com selo Cemupe, os núcleos vão ser instalados em Castro Daire, muito provavelmente, e já estamos criando pontes com outros países para termos outros pólos do festival. Continuaremos na luta para expandir a música e toda parte científica que nosso curso tem feito por meio do selo do Centro de Musicologia de Penedo.”
Sobre a parceria com o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (Cesem). Moreira já tem muitos planos. “Esse centro de estudos da Universidade Nova de Lisboa, onde tem o grupo Caravelas, trata da história da música luso-brasileira e tem muitos pesquisadores, e foi a ele que o Cemupe se uniu para auxiliar nas publicações e parcerias em pesquisas”, referendou.
Moreira diz que o festival em Portugal foi além das expectativas. "Foi um grande encontro onde pudemos colocar os nossos ritmos genuínos, como samba, frevo e forró, em característica de orquestra, de metais e madeira, e de bandas de música para que os portugueses pudessem experimentar mais esse estilo musical. Queremos crer que o Femupe já está no calendário de Lisboa e Castro Daire e já faz parte dessa mensagem musical transatlântica que a Universidade Federal de Alagoas propõe. Que venha 2024!”, despediu-se.
O secretário de Turismo de Penedo, Jair Galvão, também deixou mensagem para toda equipe que viajou para participar do festival em Portugal: “Parabenizo a toda equipe do Centro de Musicologia de Penedo e do Festival de Música pela grande execução e capacidade de articulação. Às nossas estrelas, músicos e maestros, o nosso obrigado. Vocês são a razão de todo esse trabalho e os grandes disseminadores dessa arte que alimenta a alma. Sigam resilientes e transmitam esse talento adiante, principalmente aos jovens da nossa região. Por fim, um parabéns mais que especial ao nosso grande líder, professor Marcos Moreira. Penedo lhe abraça e quer mais do que nunca estar junto da Ufal e do seu trabalho. Sua peleja aproxima a música alagoana de uma de suas raízes e a está apresentando para o Brasil e para o mundo”, finalizou.
O Festival de Música de Penedo foi uma realização da Ufal em parceria com o governo de Alagoas e a Prefeitura de Penedo. Com destaque também para a equipe portuguesa, comandada pelo maestro Pedro Serrano, o Município de Castro Daire, na pessoa do presidente Paulo Almeida, cujo cargo é similar ao de prefeito, e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire. Todos se uniram e foram fundamentais para levar o evento para Portugal. Destaque também para o envolvimento do grupo de pesquisa Caravelas, na pessoa do seu coordenador, professor David Cranmer, da Universidade Nova de Lisboa.
Além dos músicos, maestros e pesquisadores, a equipe de produção do festival também acompanhou a comitiva: Anna Rodrigues, produtora cultural da Ufal; Denise Moraes, responsável pelos registros do Femupe e do Cemupe; e Ana Greyce Pereira, pesquisadora do Cemupe e historiadora.