Crianças do Telma Vitória aprendem ciência com estudantes da Química
Parceria entre o colégio de aplicação e a disciplina Atividades Curriculares de Extensão rendeu boas experiências
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Uma tarde mágica para conhecer o trabalho dos cientistas. Foi assim que as crianças do Colégio de Aplicação Telma Vitória (CATV), a unidade de educação infantil da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foram apresentadas aos mais diversos experimentos de Química. Com termos como “pó mágico”, “areia movediça”, “vulcão”, “serpente do faraó”, “tinta mágica”, entre outros, e utilizando ingredientes de uso comum, como açúcar, bicarbonato e sal de cozinha, os pequenos tiveram momentos de encantamento e de descoberta sobre o que é a Ciência e como é ser um cientista.
As amigas Júlia e Micaela, do 2º período, aprovaram a atividade: “Eu gostei muito da experiência do vulcão, por que sempre gostei de vulcão”, disse Micaela. Já o Antônio, do 1º período, disse que foi muito legal a última experiência da tarde: “A gente tem que bater na pedra, mas se parar a mão tocando nela ela gruda em você”, explicou o pequeno cientista ao falar da atividade que junta amido de milho, água e corante para simular o efeito da areia movediça.
As pedagogas da creche, as professoras Priscila Santos e Isabel Freitas, comentaram da importância de atividades como esta: “Foi uma tarde bem proveitosa, as crianças adoraram ver as misturas químicas, é uma forma de ampliar a perspectiva deles”, afirma Isabel.
Os pequenos, todos com idade entre dois e seis anos, estavam atentos e interessados em cada ação, cada detalhe. “É uma forma de unir a inventividade infantil com a explicação dos profissionais”, conta a professora Priscila.
A ideia é dar continuidade ao projeto fazendo com que as crianças tenham uma vez ao mês o contato com experiências químicas. “Nosso colégio é um espaço de referência, nos tornamos parceiros dos projetos da Universidade para que as crianças tenham contato com as mais diversas experiências”, afirma a diretora do Colégio Telma Vitória, a professora Aline Ferreira.
Barato da Química
A ideia para a atividade surgiu quando o pai de uma das crianças que estuda na creche, e que é químico na Ufal, quis apresentar o laboratório para os pequenos. Então conversando com a professora Mônica Araújo, que atua na disciplina Atividades Curriculares de Extensão (ACE), tomou conhecimento do projeto e fez a ponte com o Telma Vitória para que a próxima edição do Barato da Química acontecesse por lá.
“Nossa ideia, dentro da disciplina, é levar a ciência para o público infantil, para que eles se encantem e descubram o assunto”, explica Mônica Araújo, que enfatiza que todo o material utilizado é pensado de forma que não agrida a saúde das crianças, sempre com produtos seguros e de uso comum no nosso dia a dia.
Durante a tarde, os dez alunos da disciplina, que fazem o 7º e 8º período, se revezam para e apresentam cada um uma experiência diferente. “Na serpente do faraó, por exemplo, além de trabalhar as cores com as crianças, trabalhamos os fenômenos químicos, eles estão maravilhados. Nosso próximo passo é levá-los para conhecer o laboratório de ensino numa oficina de tinta mágica, aprendendo química de forma lúdica e divertida”, conta a professora.
Em sua segunda edição, o projeto Barato da Química para cientistas kid´s, começou com estudantes de uma escola particular de Maceió, e tem intenção de em breve abranger também os estudantes do Ensino Médio, numa parceria com o Programa de Apoio aos Estudantes das Escolas Públicas do Estado (Paespe).
Uma experiência maravilhosa não só para as crianças, mas também para os estudantes da licenciatura. Para Diogo Ramos e Júlia Vitória, estudantes do 8º período, a disciplina atua como forma de mostrar à sociedade que a Química não está apenas no laboratório, mas também na vida cotidiana.
“Ainda vejo a universidade muito separada da Universidade, mas a extensão vem para quebrar isso. É uma forma de levar a universidade para fora dos muros, trazendo alegria para as crianças, utilizando materiais simples mostramos às pessoas o nosso trabalho e levamos conhecimento também”, afirma Diogo.
Júlia Vitória completa: “Com esta atividade, a gente mostra que a Química está no dia a dia das pessoas, eles podem ter essa visão, que o nosso trabalho dentro da universidade pode trazer coisas boas para as pessoas. Além disso, ajuda que as pessoas conheçam o nosso curso e também faz com que a gente leve o que nós aprendemos para pessoas que não têm acesso”.