Semana do Meio Ambiente: Sinfra elabora o Plano de Logística Sustentável
A gestora Selene Morales explica a importância de criar hábitos sustentáveis na gestão da Universidade
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É grave e é preciso agir a partir de agora. A humanidade se depara com problemas como a mudança climática, a perda de biodiversidade, a poluição e a degradação dos ecossistemas. Existe uma pressão cada vez maior por conscientização e elaboração de políticas efetivas para reverter a destruição do meio ambiente. É urgente combinar o pensamento global com a ação local, reconhecendo que todas as ações individuais e coletivas importam.
Neste contexto, o dia 5 de junho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial do Meio Ambiente, ganha cada vez mais relevância. A Semana do Meio Ambiente é uma ocasião em que países, organizações não governamentais, empresas e indivíduos de todo o mundo podem unir forças para abordar desafios ambientais compartilhados. Ações locais efetivas podem servir como exemplos e modelos que podem ser replicados em outras partes do mundo.
Para as Universidades, como espaço de produção de conhecimento, esse é um momento propício para compartilhar boas práticas, experiências e conhecimentos, além de estabelecer parcerias e colaborações que possam levar a soluções mais aplicáveis para reduzir os problemas ambientais. Além da pesquisa e extensão focada na sustentabilidade, é preciso ter práticas de gestão condizentes com essa proposta. Afinal, todas as pessoas precisam colaborar com a adoção de comportamentos mais responsáveis em relação ao meio ambiente.
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), iniciou em 2020 a elaboração do Plano de Logística Sustentável (PLS). Segundo Selene Morales, gerente de Meio Ambiente, a Ufal implementa planos e projetos estratégicos na área ambiental, seguindo o que a legislação exige de instituições como a Universidade. “O PLS deve funcionar através de ciclos: diagnóstico, plano de ação, execução, monitoramento, revisão e a partir daí retorna para um novo plano de ação, com duração de dois a quatro anos”, explica a gestora.
Selene tem experiência em projetos de paisagismo, arquitetura sustentável e planejamento territorial. Ela é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Ufal, mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, servidora técnica administrativa na área de Arquitetura na Ufal, desde 2017, e assumiu a gestão de meio ambiente da Sinfra em dezembro de 2018. “O nosso primeiro PLS tem um foco maior no diagnóstico, porque precisamos entender os padrões de consumo na Ufal para avançar num planejamento”, destaca ela.
A gestora explica que o Plano de Logística Sustentável da Ufal, para o período de 2024-2025, aborda, nesse primeiro momento, eixos como: material de consumo, energia elétrica, água e esgoto, coleta seletiva, qualidade de vida no trabalho, compras e contratações sustentáveis, transporte e deslocamento de pessoal, áreas verdes e educação ambiental com mobilização social. “Essas foram as áreas de atuação definidas para o PLS. Em cada uma delas indicamos um responsável para formular os conteúdos e levar o Plano para ser debatido e aprovado pelos conselheiros e conselheiras da Universidade”, relata a gerente de Meio Ambiente da Sinfra.
A Política Ambiental da Ufal deve ser apresentada em breve para o Conselho Universitário (Consuni). “Esse documento é mais abrangente e deve ser aprovado antes da apresentação do PLS. São as diretrizes gerais de política ambiental na nossa Universidade. O texto foi enviado ao Gabinete do Reitor, que deve encaminhar para as Câmaras e depois para a sessão do Consuni. Já a dinâmica do PLS será mais objetiva, com as metas semestrais e anuais e o respectivo plano de ação, cronograma e ações de contingência. Queremos apresentar propostas claras para serem executadas e mensuradas”, destaca Selene.
Como todo plano de ação para o meio ambiente, o PLS tem que ser multidisciplinar e contar com o engajamento da comunidade. O lema Pensar globalmente, agir localmente resume a ideia de que, para enfrentar os desafios ambientais globais, é necessário adotar uma abordagem abrangente, considerando o impacto das nossas ações em escala global, mas também reconhecendo a importância das ações individuais em nível local. “Não adianta ter um plano altamente elaborado que foi feito para ficar no papel. Só a mobilização coletiva garante a implantação de uma cultura de sustentabilidade”, conclui Selene.