Ufal recebe reitores de outros estados para reunião anual da Ridesa
Reitor Josealdo Tonholo é o presidente da Rede e vai receber gestores de outras Ifes para fortalecer o Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar
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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai sediar nesta sexta-feira e sábado,18 e 19, a reunião anual da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). Na pauta, estão alguns pontos cruciais para manutenção das pesquisas sobre o melhoramento genético da cana-de-açúcar, além da Lei de Proteção de Cultivares, entre outras questões. Será no Centro de Inovação do Jaraguá, a partir das 14h30.
O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, é o atual presidente da Ridesa e vai receber os gestores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) que compõem a Rede e os respectivos coordenadores do programa. Além da Ufal, fazem parte as universidades federais Rural de Pernambuco (UFRPE), de Sergipe (UFS), de Viçosa (UFV), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do Paraná (UFPR), de São Carlos (Ufscar), de Goiás (UFG), do Piauí (UFPI) e do Mato Grosso (UFMT).
De acordo com o coordenador da Ridesa em Alagoas, Geraldo Veríssimo, a última reunião presencial foi em 2019. “Passamos esses últimos anos, por conta da pandemia da covid-19, sem fazermos nosso encontro anual. Muitos reitores, que tomaram posse nesse período não conhecem a Ridesa. Esse é mais um motivo para fazermos essa reunião”, confirmou o professor Geraldo, do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), onde são desenvolvidas as pesquisas do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA) da Ridesa.
Os pontos de pauta da reunião do dia 18 são: apresentação da Ridesa; inclusão de novos pesquisadores para manutenção das pesquisas; tempo de Proteção de Cultivares, ou seja, passar de 15 para 25 anos; posse da Serra do Ouro, o Renovabio e a Ridesa. “Precisamos tratar da sucessão de pesquisadores, porque muitos dos atuais já estão perto da aposentadoria e precisamos continuar as pesquisas com a cana. O que cada universidade está pensando em fazer para continuar as pesquisas. O pessoal que começou ainda é do antigo Planalsucar [Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar], ainda na década de 1990”, justificou Veríssimo.
No sábado, 19, reitores e pesquisadores farão uma visita à Serra do Ouro, localizada no município de Murici-AL, onde fica um dos bancos bancos de germoplasma do PMGCA.
A Ridesa
Desde a extinção do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), em 1990, o Planalsucar – criado com a finalidade de desenvolver e transferir tecnologias para a melhoria da cana-de-açúcar no campo e na indústria – foi absorvido por sete universidades [Ufal, UFRPE, UFS, UFV, UFRRJ, UFPR e Ufscar], incluindo estruturas físicas, tecnológicas e de recursos humanos. A partir daí, as universidades criaram a Ridesa, que incluiu mais três Ifes: a UFG, a UFPI e a UFMT, com o objetivo comum de desenvolver ações, projetos, programas e inovações para o fortalecimento do setor canavieiro brasileiro.
Como resultado dos últimos 30 anos de pesquisas, as universidades da Ridesa já entregaram ao setor produtivo 95 variedades de cana-de-açúcar RB (República do Brasil). Essas cultivares representam mais de 60% da área plantada com cana-de-açúcar no país, contribuindo para a elevação da produtividade e da qualidade das empresas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade.
O PMGCA é desenvolvido em parceria com a maioria das empresas do setor canavieiro brasileiro e tem como base os bancos de germoplasma da Serra do Ouro, em Murici-AL, e Devaneio, em Amaragi-PE. Segundo o professor Geraldo, o programa tem importância estratégica porque, além de transferência de tecnologia, as universidades que integram a Ridesa também formam recursos humanos, tanto na graduação quanto na pós-graduação.