Equipe do Instituto de Computação vai disputar final de maratona de programação

Estudantes da Ufal ficaram em 6° lugar na etapa nacional e se classificaram para a final latino-americana

Por Manuella Soares - jornalista
Estudantes da Ufal ficaram em 6° lugar na etapa nacional e se classificaram para a final latino-americana
Estudantes da Ufal ficaram em 6° lugar na etapa nacional e se classificaram para a final latino-americana

Um resultado inédito para a Ufal. O Instituto de Computação (IC) mostra, mais uma vez, que tem componentes de sucesso nas maratonas de programação: um time talentoso e muito apoio qualificado! A equipe Floyd (WA)rshall vai levar a Universidade, pela primeira vez, à final latino-americana do International Collegiate Programming Contest (ICPC), no ano que vem.

A classificação veio depois da etapa realizada de 7 a 10 de novembro, em João Pessoa-PB, quando ocorreram as provas simultâneas em várias regiões da américa latina. Os estudantes João Victor Ayalla, Filipe Soriano e Davi Romão, passaram pela fase sub-regional com 880 times do Brasil, depois ficaram entre os 63 representantes brasileiros na final nacional, terminando em 6º lugar.

Essa colocação garantiu a medalha de prata para a Ufal e a classificação para a disputa final latino-americana que vai acontecer em março de 2025, em Salvador. Foram 490 equipes internacionais disputando simultaneamente e os meninos do IC brilharam no 15° lugar geral.

João Ayalla conta que a preparação das maratonas é uma rotina para os estudantes que gostam do estilo da competição. Eles treinam em time uma vez por semana e resolvem questões individualmente, como hábito dos estudos. O ritmo vai ser acelerado daqui pra frente porque o objetivo é entrar para a história: “A expectativa é continuar treinando e melhorando até a final latino-americana, para, quem sabe, beliscar uma vaga na final mundial”, projeta João.

Na final nacional a equipe Floyd (WA)rshall convidou o veterano em maratonas pela Ufal, Jackson Barbosa, para atuar como coach e ajudar na preparação acadêmica e emocional dos estudantes. “Fui um competidor que participou de cinco maratonas e o ambiente da maratona me faz muito bem, ajudei em tudo o que pude na viagem e na preparação para a seletiva nacional, tentando tirar deles algum possível peso, pois pelos nossos últimos resultados o que faltava era uma medalha”, disse Jackson.

E ela veio, prateada, com muito orgulho para toda a Ufal.

Um caminho de sucesso

Na ciência da computação, o algoritmo de Floyd-Warshall, que inspirou o nome da equipe, “resolve o problema de calcular o caminho mais curto entre todos os pares de vértices em um grafo com direção e peso”. Mas no Instituto de Computação da Ufal, os algoritmos são mais complexos para calcular o caminho que direcionou os estudantes a chegarem numa final de maratona com o peso da International Collegiate Programming Contest (ICPC).

Os esforços para construir essa jornada de sucesso iniciaram em 2009, quando o professor Rodrigo Paes deu início às participações do IC nas primeiras fases da maratona, e o incentivo dos professores Thiago Cordeiro e Davi Bibiano em continuar as atividades do Grupo de Extensão em Maratonas de Programação (Gema).

A criação de uma sede regional por meio do Gema permitiu que mais estudantes tivessem a oportunidade de participar das competições, na fase inicial. Como o IC passou a ser uma das sedes da primeira fase da maratona, os discentes não precisam mais viajar para fazer a prova. Esse é mais um estímulo que desperta o interesse e revela novos talentos.

“Eu diria que é um trabalho de alguns anos que vem sendo feito não só pelos integrantes do time que ganhou a medalha agora, mas por outras pessoas que ajudaram muito a gente no passado e que fizeram parte disso”, destacou João Ayalla.

Os estudantes também citam Nelson, Alfredo, Romário e Thiago Marinho como responsáveis por ajudar a construir esse resultado. E nessa história coroada pela classificação na final latino-americana tem também superação com emoção. É que o coach da equipe, Jackson Barbosa, sofreu um acidente no início do ano e precisou passar por duas cirurgias neurológicas. Vivenciar esse momento, recuperado, é continuar um capítulo importante para o legado do IC.

“Bati a cabeça no chão trazendo um traumatismo craniano. Hoje estou totalmente recuperado tendo recebido alta do neuro. Felizmente não tive nenhuma complicação séria das cirurgias e estou aqui feliz o bastante pra ter ido acompanhá-los nas provas da maratona de programação”, contou, cheio de motivos para celebrar e confiante na continuação vitoriosa dessa história.