Quase mil trabalhos serão apresentados no Caic e Cait, confira
Programação abrange Maceió e campi do interior e começa nesta terça (5)
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Nesta terça-feira, 5 de novembro, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) inicia mais uma edição dos dois maiores eventos de Iniciação Científica da instituição: o 34º Congresso Acadêmico de Iniciação Científica (Caic) e o 17º de Iniciação Tecnológica (Cait), que, este ano, trazem o tema “O poder da ciência para uma educação sem barreiras no contexto da neurodiversidade”.
Serão apresentados 853 trabalhos do Pibic e 136 do Pibiti. A ideia é refletir sobre a importância da iniciação científica e tecnológica na vida de indivíduos com variações neurológicas, como o autismo, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), a dislexia, e outras diferenças cognitivas. Seguindo até o dia 7 de novembro, com apresentações remotas e presenciais, os congressos reforçam o papel da ciência de promover compreensão e promoção da inclusão, sem barreiras físicas ou estruturais.
A professora Magna Suzana, coordenadora de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), destaca a importância dos Programas de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), Programas de Bolsas de Iniciação Científica Ações Afirmativas (Pibic/AF) e Iniciação Tecnológica e Inovação (Pibiti) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Esses programas são importantes para o desenvolvimento de talentos na pesquisa científica e tecnológica em nível de graduação. O CNPq, desde a sua fundação, tem como objetivo principal promover o desenvolvimento científico e tecnológico no país, e os Pibics e Pibitis são estratégias chave para fortalecer essa missão”, afirma.
A abertura oficial será na terça (5), às 9h, no auditório da Reitoria, no Campus A.C. Simões, em Maceió. Durante o evento, os alunos bolsistas e voluntários de Iniciação Científica e Iniciação Tecnológica apresentarão os resultados finais das suas pesquisas, dando visibilidade ao trabalho executado durante os últimos doze meses.
Pibic/Pibiti
O Pibic foi criado para estimular o desenvolvimento da ciência no Brasil, promovendo a formação de futuros pesquisadores desde os primeiros anos da vida acadêmica. Durante as décadas de 1980 e 1990, o Brasil passava por um processo de fortalecimento das suas instituições científicas e universidades. Esse cenário foi ideal para o lançamento de iniciativas como o Pibic, que foi instituído oficialmente em 1988.
“A proposta era não apenas incentivar a produção de conhecimento, mas também assegurar que o Brasil formasse uma nova geração de cientistas qualificados, que poderiam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a inovação científica e tecnológica do país”, explica a professora. Esses programas surgem então em um contexto em que o CNPq e outras instituições de fomento à pesquisa reconheceram a importância de introduzir estudantes de graduação ao universo da investigação científica, proporcionando um ambiente no qual esses alunos pudessem desenvolver habilidades e adquirir conhecimentos práticos fundamentais.
Geridos pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) da universidade, o Pibic e o Pibiti seguem os mesmos princípios orientadores do CNPq adaptados às necessidades e características regionais.
“A Ufal vem investindo na iniciação científica e tecnológica há décadas, mas foi nos últimos anos que os programas Pibic e Pibiti se consolidaram como peças centrais para a formação de estudantes de graduação na pesquisa. Com foco tanto na pesquisa científica tradicional quanto em projetos voltados à inovação e desenvolvimento tecnológico, esses programas visam promover a formação de uma mão de obra qualificada que possa contribuir para o crescimento socioeconômico da região Nordeste”, lembra.
O objetivo é incentivar os estudantes que demonstram aptidão para a pesquisa e desejo de desenvolver habilidades na área científica ou tecnológica. ”O Pibic está mais relacionado à iniciação científica tradicional, abarcando diferentes áreas do conhecimento, enquanto o Pibiti é direcionado à pesquisa com foco em inovação tecnológica, desenvolvimento de produtos e processos que possam ter impacto direto no setor produtivo”, completa Magna.
Ela reforça o impacto dos programas junto à comunidade acadêmica. “Muitos alunos que participam dos programas de iniciação científica e tecnológica desenvolvem pesquisas de alta relevância para a sociedade, seja na criação de novas soluções tecnológicas para a agricultura, na saúde pública ou na melhoria da educação. Essa contribuição é significativa para o avanço do conhecimento e para a inovação no estado de Alagoas”, conclui.
Confira a programação completa do evento no endereço.