R$ 24 mi em obras do PAC vão garantir permanência de estudantes na Ufal

Serão investidos em salas de aula, ampliação do Restaurante Universitário de Maceió e construção do Campus Penedo

Por Simoneide Araújo - jornalista
Em reunião com equipe de gestão, reitor Josealdo Tonholo anuncia resultado do encontro o presidente Lula
Em reunião com equipe de gestão, reitor Josealdo Tonholo anuncia resultado do encontro o presidente Lula

A permanência de alunos e alunas na Universidade Federal de Alagoas, com condições de infraestrutura atrativas, será a busca constante da gestão do reitor Josealdo Tonholo, que aposta nas obras do PAC para iniciar a melhoria das condições de ensino nos campi da instituição. Da reunião com o presidente Lula, realizada na segunda-feira (10), Tonholo trouxe na bagagem o anúncio da liberação de recursos da ordem de R$ 24 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cerca de R$ 3,6 milhões de suplementação orçamentária, R$ 1,5 milhão em bolsas para estudantes quilombolas e indígenas e mais R$ 9 milhões para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU).

Tonholo reforça que esses recursos não vão resolver todos os problemas da Ufal, mas vão fazer a diferença e chegam como uma boa carga de energia para que a máquina continue funcionando. “O PAC inclui obras fundamentais para a gente garantir a permanência dos nossos estudantes na Universidade - o campus em Penedo, sala de aula em Arapiraca e no Ceca (Campus de Engenharia e Ciências Agrárias] e ampliação das instalações do nosso Restaurante Universitário do A.C. Simões [Campus]. Conseguir essas obras no PAC é um avanço!”, confirmou.

O reitor destaca que o governo também vai investir R$ 17 milhões no HU. Nos próximos anos, teremos 9 milhões de reais do PAC para as obras do HU mais cerca de 8 milhões de reais do Rehuf [ Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais]. Tudo isso vai melhorar o atendimento aos nossos pacientes e impactar positivamente na qualidade do ensino prático”, reforçou Tonholo.

Além do anúncio de recursos para obras, o reitor falou do programa que o governo federal vai liberar para atender quilombolas e indígenas. “Esse é um ponto crucial para atender a essa população e vai contribuir para permanência dela na sala de aula e em projetos de pesquisa e extensão. Vamos trabalhar junto com a Pró-reitoria Estudantil e o Neabi [Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas] porque existe uma lista de espera de alunos e alunas, aguardando para receber auxílio permanência”, lembrou o reitor.

Sobre a questão do orçamento, Tonholo diz que vai sair mais uma suplementação, a segunda deste ano. “Acredito que esse é um gesto do governo de mostrar que está atento às demandas das universidades. A Ufal receberá na ordem de 3,6 milhões de reais e esses recursos vão ajudar a mitigar a situação orçamentária difícil que estamos enfrentando. Sabemos que não é o suficiente, mas estamos em junho e nossa expectativa é que a gente tenha uma revisão de valores nos próximos meses. Estamos muito confiantes nesse tratamento que estamos tendo. Sabemos que o passivo das universidade é muito grande, mas esse gesto do governo já atenua bastante a nossa situação e nos dá confiança para acreditar em dias melhores para nossos alunos e alunas”, descreveu.

A vice-reitora Eliane Cavalcanti também foi enfática ao falar dessas conquistas: “Temos consciência que houve avanços, sim, para nossas universidades e esses recursos vão chegar em boa hora. Este é o início do processo de recuperação das Ifes [Instituições de Ensino Superior], mas não é definitivo. Acredito que o diálogo vai permanecer porque esse governo já demonstrou que quer buscar resolver o problema das universidades. Esta foi a sétima reunião do presidente com os reitores em um ano e meio de gestão. Precisamos acreditar que dias melhores virão.” 

Tudo isso foi comunicado pelo reitor à equipe de gestão, aos diretores e às diretoras de unidades acadêmicas e campi fora de sede, momento em que Tonholo também esclareceu: “Durante a reunião em Brasília, o presidente Lula deixou claro que a reunião com os reitores não era para discutir a greve dos servidores e que isso estava sendo tratado com o comando de greve. Ele falou explicitamente que com os reitores seria discutido o funcionamento das universidades.”