Reitor da Ufal é o novo coordenador da Rede Nordeste
Josealdo Tonholo aponta internacionalização e fortalecimento das instituições de inovação como pautas prioritárias
Começa nesta quinta-feira (1º) o mandato do reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, como coordenador da Rede Nordeste (Rene) da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Esta é a segunda vez que ele assume o cargo e agora terá como vice-coordenador o reitor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape-Garanhus), Airon Aparecido Silva de Melo.
Tonholo foi indicado ao cargo por consenso durante a reunião da Rede Nordeste realizada no último dia 16. A Rene representa hoje 20 universidades da região e trabalha para o fortalecimento dessas instituições. De acordo com o reitor da Ufal, entre as principais pautas da Rede para os próximos meses está o foco na internacionalização. Existe um trabalho em parceria com a Universidade de Soka (Japão), uma das mais internacionalizadas do mundo, com campus em vários continentes.
“Outra ação da rede é a aproximação com os países dos BRICS, acompanhando o protagonismo do governo Lula neste bloco. Em breve será realizada uma missão para Rússia, com desencadeamentos para a região Nordeste”, adiantou Tonholo.
Investimentos para Ciência, Tecnologia e Inovação
Na próxima gestão do reitor Josealdo Tonholo, a Rede Nordeste de reitores da Andifes também estará focada na recomposição dos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Para isso, ajudando a articulação de uma Rede Nordestina de CT&I com participação do Consórcio Nordeste, que inclui governadores, fundações de amparo à pesquisa (FAPs), secretarias da área (Sectis), Banco do Nordeste e Sudene, além de universidades públicas federais e estaduais. Uma Carta de Brasília está sendo elaborada como fruto desta ação e deve ser divulgada esta semana, durante a Conferência Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada de 30 de julho a 1º de agosto, em Brasília.
“Hoje a região Nordeste padece de fontes de financiamento próprias, como por exemplo os recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste [FDNE], que foi suprimindo o aporte em ações de CT&I nos últimos governos. Hoje, há um entendimento de toda a região que não haverá desenvolvimento se não contarmos com gente altamente qualificada e empresas capazes de inovar, usando a parcerias das ICTs [instituições científicas de inovação tecnológicas] regionais como elemento diferencial para a competitividade empresarial”, destacou Tonholo.
Tonholo aponta, ainda, que está na pauta da Rene a mudança de cenário acerca do fortalecimento geral de instituições ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que atendiam a todas as instituições da região Nordeste, a exemplo do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e do Instituto Nacional do Semiárido (Insa): “Estamos trazendo o reforço destas instituições como elemento de alavancagem das atividades de pesquisa e de inovação na região”.