Ufal propõe Política de Comunicação para aprimorar transparência
Documento ficará disponível para contribuição da sociedade em consulta pública de 2 de abril a 2 de maio
- Atualizado em 27/03/2025 14h39

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) concluiu uma importante etapa na criação da sua Política de Comunicação, uma estrutura abrangente projetada para melhorar as estratégias de comunicação interna e externa. A minuta foi desenvolvida por uma comissão designada para o trabalho e ficará disponível para contribuições da sociedade na plataforma on-line do governo federal, Participa Mais Brasil, a partir do dia 2 de abril.
A coordenadora da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Ufal, Simoneide Araújo, presidiu a comissão formada por dez membros titulares e dez suplentes, representantes dos segmentos técnico, docente e discente [confira aqui a Portaria nº 256]. O objetivo de criar o documento é ter uniformidade e mais transparência nas ações de comunicação institucional.
“Hoje, nós já primamos por prestar um serviço de qualidade, com informações corretas, mas com a política de comunicação vamos continuar garantindo tudo isso, seguindo um padrão, respeitando a identidade institucional. Será uma política a ser seguida pela instituição e não vai estar atrelada a uma ou outra gestão. Será um documento norteador, que vai garantir uma uniformidade no que será divulgado e vai facilitar os fluxos de informações. A intenção com a política de comunicação é reduzir ruídos, garantindo respostas rápidas e adequadas à sociedade e à comunidade universitária, com o intuito de minimizar os impactos negativos na imagem da nossa instituição”, destacou Simoneide.
Todo esse trabalho iniciou antes mesmo da formação da equipe. Simoneide lembra que a iniciativa surgiu em 2020, quando assumiu a gestão da Ascom, no contexto de pandemia, e com a colaboração da gerente administrativa Raniella Lima. Ela fez o levantamento do que já existia nas demais instituições e, assim, construíram uma proposta para embasar o trabalho da comissão designada em 2024. O grupo ficou responsável pela sistematização e aprovação do documento que será discutido durante o período da consulta pública, aberta para a sociedade até 2 de maio.
O professor Victor Braga também fez parte da comissão representando a categoria docente do curso de Jornalismo e destacou sua visão sobre o que foi realizado até aqui. “O trabalho frente à comissão me ofereceu uma experiência muito enriquecedora sob vários aspectos. Pude compreender de perto como o trabalho de comunicação é importante para a compreensão da Universidade como uma unidade coesa, capaz de adotar um discurso único e acessível para toda a comunidade acadêmica, sem esquecer da necessidade de tratar com equidade e respeito. Foi uma responsabilidade grande e que toda a equipe esteve refletindo por um semestre e que, agora, disponibiliza para apreciação”, disse.
A voz estudantil também marcou a criação da Política de Comunicação da Ufal. Tainá Rocha, aluna do 6° período do curso de Relações Públicas pôde dar suas contribuições para um documento tão importante para a história da Universidade.
“Poder ver um documento que, há tantos anos, tem sido discutida a sua importância finalmente ganhar vida, e em um futuro próximo se consolidar como o guia que irá fomentar uma comunicação mais assertiva e acessível na Universidade, me deixa muito feliz e orgulhosa do trabalho de todas as pessoas envolvidas que continuaram acreditando na relevância da Política de Comunicação e me fizeram o convite para participar das reuniões de elaboração”, comentou, ao destacar seu aprendizado pessoal: “Me garantiu uma riqueza de conhecimento e uma nova experiência que reforçam ainda mais meu amor e admiração pela comunicação”.
Para acessar a consulta pública e contribuir também com a Política de Comunicação da Ufal, clique no link disponível aqui.
Objetivos e princípios
O documento descreve vários objetivos principais, incluindo: promover o diálogo entre a Universidade e seus diversos stakeholders [públicos de interesse]; disseminar informações científicas para um público mais amplo e não especializado; aumentar a visibilidade das atividades da Universidade em ensino, pesquisa, extensão, cultura e gestão; construir legitimidade institucional na comunidade e profissionalizar as atividades de comunicação da Ufal.
A Política de Comunicação é guiada pelos seguintes princípios-chave: impessoalidade, visão estratégica, interesse público, transparência, responsabilidade ética e social, qualidade e profissionalismo, credibilidade, diversidade e inclusão, proatividade, sustentabilidade, acessibilidade e comunicação unificada.
A Assessoria de Comunicação é o órgão responsável pela gestão de comunicação da Ufal, supervisionando o uso dos canais oficiais, como o site institucional, as plataformas de mídia social, e a Rádio Ufal, além das listas de e-mail, boletins informativos e painéis externos.
A política ainda estabelece um Conselho Curador de Comunicação para fornecer orientação e supervisão nas atividades. Simoneide Araújo também reforça: “Seguimos sempre o propósito de aproximar a Universidade da sociedade, demonstrando o papel da nossa instituição como produtora de conhecimento e vetor de transformação social pela educação”.
Ênfase na identidade
A Política enfatiza fortemente o princípio da impessoalidade em toda a comunicação, garantindo que a imagem da Universidade seja apresentada de forma consistente e precisa em todas as plataformas. O logotipo oficial deve ser utilizado em todos os materiais de comunicação, conforme descrito no Manual de Identidade da Ufal.
A minuta também faz referência à ampla divulgação da Resolução da Política de Comunicação, bem como as normas e procedimentos associados, para garantir que todos entendam suas responsabilidades e atuem de acordo com seus preceitos.