Trabalhos de iniciação à pesquisa e à inovação são premiados na Ufal
Foram 146 projetos de estudantes de graduação reconhecidos pela excelência acadêmica
- Atualizado em 04/04/2025 17h48

A solenidade de premiação da Excelência Acadêmica PIbic/Pibiti reuniu a comunidade acadêmica, amigos e familiares, que lotaram o auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os trabalhos premiados foram realizados no ciclo 2023/2024 e apresentados durante o 34º Congresso Acadêmico de Iniciação Científica (Caic) e o 17º de Iniciação Tecnológica (Cait), realizado em novembro do ano passado, com o tema “O poder da ciência para uma educação sem barreiras no contexto da neurodiversidade”.
Nestes congressos foram apresentados 853 trabalhos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e 136 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica (Pibiti), com o propósito de “refletir sobre a importância da iniciação científica e tecnológica na vida de indivíduos com variações neurológicas, como o autismo, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), a dislexia, e outras diferenças cognitivas”. Destes trabalhos, 146 foram selecionados para a premiação realizada na manhã desta quinta-feira (3).
Compuseram a mesa de honra, presidida pelo reitor Josealdo Tonholo: Eliane Barbosa, pró-reitora de Graduação (Prograd); Magna Suzano, coordenadora de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep); Fábio Guedes, diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa de Alagoas (Fapeal); Silvia Uchôa, coordenadora do Núcleo de Inovação TEcnológica (NIT); Karla Chaves, representante do Comitê de Ética no Uso de Animais; Rosa Correia, vice-presidenta do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi); e Berenice Pimentel, assessora de Pesquisa da Propep.
A técnica Berenice Pimentel abriu as falas da mesa, destacando a importância da premiação para estimular a busca da qualidade nas pesquisas. “É uma forma de premiar os esforços, a dedicação e o empenho de estudantes pesquisadores e de seus professores orientadores”, disse ela. Já a professora Rosa Correia enfatizou no seu pronunciamento as políticas afirmativas na graduação e pós-graduação. “Graças a esses investimentos, vemos aqui tantos negros e negras compondo esse auditório, produzindo e comunicando Ciência”, destacou a vice-diretora do Neabi.
A função de introduzir os estudantes de graduação na pesquisa científica, através desses programas institucionais, foi destacada pela professora Silvia Uchôa, que falou da emoção de ver aquele auditório lotado com tantos jovens pesquisadores. “Já aproveito para adiantar o convite para uma live que será realizada no dia 24 de abril, em alusão ao dia 26, que é a data estabelecida pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual”, convidou a professora.
O professor Fábio Guedes saudou a mesa, destacando a presença majoritária das mulheres, uma conquista das iniciativas para incentivar a participação feminina nas ciências. Guedes também saudou de forma especial o professor Euzébio Goulart, presente na solenidade, que tem 50 anos de dedicação à pesquisa na Ufal. “O professor Euzébio, com muita competência, vai coordenar o Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCT), o primeiro a ser implantado em Alagoas, relevando o grau de maturidade da produção científica do nosso estado”, disse o representante da Fapeal.
A professora Magna iniciou seu discurso justificando a ausência da pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Iraildes Assunção, que está cumprindo agenda institucional na Capes, em Brasília. Depois, ela fez questão de agradecer à toda a equipe da Propep, incluindo os assessores, técnicos e bolsistas. “Temos um programa de Iniciação Científica sólido e produtivo, um dos que mais cresceu no nordeste. Agradeço de forma especial à Berenice, que me ensinou não só sobre a gestão das bolsas, mas também a ter serenidade na condução dos programas”, agradeceu ela.
Josealdo Tonholo, reitor da Ufal, encerrou as falas da mesa relatando a semana de muitas solenidades emocionantes. “Tivemos, no dia 1, a aprovação no Consuni da diplomação póstuma dos estudantes mortos pela Ditadura, no dia seguinte, concedemos o título de Doutora Honoris Causa para a reitora honorária, Ana Dayse Dorea, e agora estamos aqui, para reconhecer os excelentes trabalhos de pesquisa e inovação realizados por nossos estudantes”, ressaltou Tonholo.
O reitor fez um breve histórico do desenvolvimento dos programas de Iniciação Científica na Ufal, desde a década de 1980, destacando o pioneirismo, que participou de projetos pilotos, tanto de Inovação Científica como, mais recentemente, de Inovação. Tonholo também citou a recente certificação da Ufal, que recebeu, no final do ano passado, o selo de Universidade que contribui com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Falou ainda das 34 patentes concedidas aos pesquisadores da Universidade.
Tonholo ressaltou, com esses relatos, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelas universidades, com cortes de orçamento que estão colocando em risco o funcionamento das instituições, principalmente nos últimos dez anos, a Ufal avança na pesquisa e inovação. “Hoje estamos reféns de um Congresso que boicota o orçamento das Universidades na Lei Orçamentária para atingir o Executivo. Mas vamos resistir e continuar trabalhando. O papel da Universidade é contribuir com o desenvolvimento social e é isso o que estamos fazendo”, concluiu o reitor.
Em seguida, foi iniciada a solenidade de entrega dos certificados de Excelência Acadêmica aos estudantes e orientadores dos 146 trabalhos premiados. Um momento em que os estudantes de graduação puderam subir ao palco, receber o reconhecimento pelo desenvolvimento das pesquisas e receber o estímulo da comunidade acadêmica para continuar produzindo conhecimento científico e inovação tecnológica na Ufal.