Ufal participa de Plano Nacional para conservar corais brasileiros

Projetos desenvolvidos pela Ufal vão contribuir com as ações do PAN Corais

Por Ascom Ufal
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Professor Cláudio Sampaio, dos cursos de Engenharia de Pesca e Biologia da Unidade Educacional da Ufal em Penedo
Professor Cláudio Sampaio, dos cursos de Engenharia de Pesca e Biologia da Unidade Educacional da Ufal em Penedo

O professor Cláudio Sampaio, conhecido como “Buia”, dos cursos de Engenharia de Pesca e Biologia da Unidade Educacional da Ufal em Penedo, participou da oficina do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), na última semana de maio, no LabPetro, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O evento reuniu várias de instituições sob coordenação do Centro Tamar, Cepsul, Cepnor e Cepene – centros especializados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para discutir impactos sobre esses ambientes, como a pesca irregular, turismo desordenado e mudanças do clima.

Este foi o 2° ciclo do plano que visa detalhar ações para a conservação de mais de 60 espécies de abrangência. Sampaio falou sobre a participação da Ufal no PAN Corais: “É motivo de alegria e muita responsabilidade. Além dos corais, estrelas do mar, búzios, arraias, tubarões, cavalos marinhos, budiões, meros e caranhas, muitos outros organismos recifais também serão beneficiadas com ações de pesquisa, educação, comunicação, entre outras”.

O professor Buia faz parte do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld) APA Costa dos Corais Alagoas, Projeto Meros do Brasil e do Corais de Alagoas, todos inseridos na temática de conservação dos ambientes recifais e que contribuem com as ações propostas. Ele também desenvolve estudos com espécies invasoras, como o peixe leão, coral sol e coral mole, em parceria com diversas instituições, inclusive com orientações nessa temática no Programa de Pós-graduação Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos (Dibict/ICBS/Ufal).

Além da participação na oficina, o docente da Ufal foi indicado ao Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do PAN Corais, demonstrando a importância das ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na universidade alagoana.

De acordo com os participantes, a proposta do 2º ciclo de ações é garantir a proteção de áreas vitais, considerando os diferentes usos e desenvolvimento, conforme as especificidades regionais. A ideia também é comunicar melhor a situação dos ambientes coralíneos do Brasil para gerar maior engajamento da sociedade e conseguir mais parcerias de instituições preocupadas com a conservação dos corais.

O grupo trabalhou em dinâmicas para construir os objetivos geral e específicos do PAN e traçou estratégias para a rede formada por representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Superintendência do Ibama no Espírito Santo (ES), ICMBio, órgãos ambientais do ES, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro; ONGs como Coral Vivo, Projeto Conservação Recifal, Conepe, Oceana, pesquisadores de universidades como Ufes, UFRJ, Ufba, UFPB, UFPA, Ufal, UEFS, USP, Ufra, UFSB e UFPE, além de Petrobras, Fundação Grupo O Boticário, BNDES, GIZ, WWF, Conservação Internacional, Funbio e Anama, entre outras.

Os recifes de corais são ecossistemas marinhos complexos, construídos por corais que se acumulam ao longo do tempo, criando estruturas que abrigam uma grande variedade de vida marinha. Os oceanos, por meio das algas marinhas e do fitoplâncton, são os principais responsáveis pela produção de oxigênio na Terra. E os recifes de coral, nesse contexto, são ecossistemas vitais e desempenham um papel fundamental na absorção de dióxido de carbono e na regulação do clima.