Projeto Imersão, por Isadora Gondim
Hoje começamos mais um novo projeto no Portal do Estudante: trata-se do Imersão. Com ele, queremos abrir espaço para que os estudantes possam relatar suas experiências fora do país. Uma vez por semana nossos intercambistas irão falar, em primeira pessoa, sobre suas aventuras e descobertas. Começamos conhecendo Isadora Gondim, aluna de 22 anos, de Faculdade de Medicina, que partiu para a University of Lethbridge , por meio do programa Ciência sem Fronteiras.
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No dia 2 de outubro completou um mês que estou morando no Canadá. Em tão pouco tempo já tenho muitas experiências e novidades para contar. Estou morando na província de Alberta, uma cidade com menos de 1 milhão de habitantes, chamada Lethbridge.
Apesar de ser bem pequena, não falta nada aqui. Tem cinemas, shoppings, supermercados, bares e boates. Há vários eventos culturais também: todo sábado à tarde há música ao vivo e feiras no centro da cidade, além de peças de teatro e jogos de hockeys (detalhe importante: o hockey está para o canadense assim como o futebol está para o brasileiro haha).
Uma coisa que eu percebi na cidade é a organização, a limpeza e a acessibilidade para as pessoas com deficiência física. Praticamente todo lugar que você vai tem rampas, portas eletrônicas e calçadas bem pavimentadas.
Com relação aos canadenses, eu sempre achei que eles fossem pessoas frias e antissociais, mas, ao chegar aqui, percebi que eles são muito prestativos, gentis (são conhecidos no mundo por sempre pedirem desculpas por tudo) e agradáveis.
Com relação aos costumes, eu ainda não me adaptei com o hábito canadense de não almoçar; eles apenas lancham. Enquanto no Brasil o horário do almoço é sagrado, no Canadá eu tenho aulas quase todos os dias, ao meio-dia.
A universidade que estou estudando é maravilhosa. Oferece todo tipo de curso para os alunos, nas horas vagas, como, por exemplo, curso de esgrima, natação e dança. Além disso, durante a semana eu tenho poucas aulas, porque os canadenses acreditam que os alunos têm de ir atrás do conhecimento e não apenas assimilar informações que os professores passam. Assim, desde que cheguei aqui, estou tendo tempo para tudo. Tenho tempo para aprender, para fazer aulas de dança, para passear e, principalmente, para dormir. Coisa que não fazia muito no Brasil.
Essa oportunidade de fazer intercâmbio está sendo enriquecedora para a minha vida, pois estou aprendendo uma língua diferente, estou entrando em contato com muitas culturas diferentes e aprendendo a lidar com muitas situações novas. Esta é uma oportunidade única na vida.