Câmara Acadêmica aprova calendário para Período Letivo Excepcional
Datas foram aprovadas ad referendum pelo reitor; Matrículas são facultativas e as atividades iniciam no dia 13 de outubro
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A Câmara Acadêmica deliberou, na última sexta-feira (11), uma proposta para iniciar as atividades do Período Letivo Excepcional (PLE) no dia 13 de outubro, conforme Resolução aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni). O entendimento do Consuni é que o reitor Josealdo Tonholo aprova o Calendário Acadêmico proposto pela Câmara num ato ad referendum, sem a necessidade de votação no Conselho, devido ao curto prazo para execução.
O mês de setembro será dedicado a planejamento e ajustes. Os Colegiados dos Cursos de Graduação terão até o dia 30 para elaborar e enviar uma proposta de oferta acadêmica. Nesse mesmo período a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) vai inserir no módulo acadêmico Sie Web todas as disciplinas eletivas.
Com base nos resultados obtidos pelo formulário eletrônico do Programa de Formação Continuada em Docência do Ensino Superior (Proford), as ações formativas para os professores iniciam no dia 28 de setembro. Vários cursos serão ofertados com intuito de atenuar as dificuldades com o ambiente virtual de aprendizagem e implantar o PLE de forma eficaz.
“Dando continuidade aos processos formativos para a prática docente mediada pelo digital, estamos elaborando, com a participação da comunidade de docentes da Ufal, nosso terceiro ciclo de formação. O objetivo desse planejamento participativo é o foco nas necessidades reais identificadas pelo professor para a realização de Atividades Acadêmicas Não Presenciais [AANP]”, destacou a coordenadora do Proford, Vera Pontes.
Após as capacitações dos professores, no calendário aprovado pela Câmara, as coordenações dos cursos terão até 30 de setembro para lançar a oferta acadêmica do PLE e os alunos podem se matricular dentro do período de 3 a 7 de outubro. A Matrícula é facultativa e não haverá registro de reprovações no histórico escolar do discente que não puder desenvolver as ANPPs.
No dia 13 de outubro começa o Período Letivo Excepcional unificado nos quatro campi da Ufal e suas respectivas unidades de ensino. A ideia do GT Graduação foi incluir todos os sábados do período como letivos para desenvolver atividades acadêmicas.
Considerando o caráter de excepcionalidade sobre o ano letivo devido a situação de emergência de saúde pública, o PLE pode atender às demandas da Ufal com disciplinas obrigatórias, eletivas, Trabalho de Conclusão de Curso, Estágios não presenciais, atividades complementares, e outras ações que se estendem até o dia 23 de dezembro para os cursos com planejamento de dez semanas. Já os que precisam de carga horária maior, como os de saúde, por exemplo, haverá um recesso natalino e as atividades retomam no mês de janeiro, podendo se estender até o dia 30.
De acordo com o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, as atividades síncronas, ou seja, ao vivo, serão realizadas nos horários regulares dos alunos, nos períodos diurno ou noturno. A orientação é que eles cumpram, no máximo, três disciplinas, totalizando uma média de 18 horas síncronas de aula por semana.
“A ideia é que a gente atenda ao máximo os alunos, estenda a mão para eles, que estão ausentes da Universidade, que precisam retomar suas atividades da melhor forma possível e concluir o seu curso”, reforçou Amauri, lembrando que para chegar até esse ponto do processo foram muitos debates de grupos de trabalho, comissões especiais e instâncias superiores para avaliar todas as questões econômicas e sociais que envolvem o ensino remoto.
Ensino com inclusão
Para que o ensino seja realizado de forma igualitária e sem exclusões, uma das premissas ao retorno será a implantação do projeto Alunos Conectados Ufal, que deve regulamentar as rotinas e os procedimentos necessários à realização do processo seletivo para acesso à internet. O edital de inscrições para os estudantes em perfil de vulnerabilidade socioeconômica está aberto até esta terça-feira, 15 de setembro. Confira os detalhes aqui.
A Resolução do Consuni para implantação do PLE prevê que o docente deve utilizar ferramentas, estratégias e materiais adaptados a cada tipo de deficiência e/ou transtornos, sempre que houve algum aluno com essas necessidades matriculados nas disciplinas a serem lecionadas.
O Núcleo de Acessibilidade da Pró-reitoria Estudantil (NAC) e a Coordenadoria de Tradutores de Intérpretes de Libras (TILs) da Ufal disponibilizarão as orientações e os formulários específicos para a solicitação dos alunos, que deve ser formalizada por meio das respectivas coordenações de curso.
O Centro de Inclusão Digital (CID) também vai viabilizar apoio ao estudante com deficiência que tenha dificuldade de uso das tecnologias.