Servidor propõe Manual de Gerenciamento de Crise de Imagem para a Ufal

Tema de mestrado em Administração Pública, o trabalho foi concluído por Fernando Tenório, programador visual da Ascom

Por Diana Monteiro - jornalista
- Atualizado em 12/02/2025 19h30
Fernando integra o Núcleo de Criação (NUC) da Assessoria de Comunicação (Ascom)
Fernando integra o Núcleo de Criação (NUC) da Assessoria de Comunicação (Ascom)

O gerenciamento de crises nas organizações é um tema complexo e ainda pouco explorado no Brasil, o que aumenta o desafio para os gestores e atores envolvidos na resolução de situações críticas. Eles devem estar preparados para agir com rapidez e assertividade na tomada de decisões durante o enfrentamento da crise, proporcionando uma solução ágil e reduzindo os impactos na imagem e na reputação da instituição.

Com a finalidade de aumentar a quantidade de estudos científicos na área e com o objetivo de construir um manual que contemple a temática, o servidor Carlos Fernando Monteiro Tenório, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), concluiu trabalho propondo a elaboração desse instrumento para ser adotado na instituição alagoana. A proposta resultou do mestrado realizado pelo Programa de Pós-graduação em Administração Pública (Profiap), da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (Feac), unidade acadêmica do Campus A.C. Simões.

Com o tema Gerenciamento de crises de imagem na Universidade Federal de Alagoas: Aplicação de um Manual de Gerenciamento de crise de imagem, a dissertação, foi concluída em dezembro passado e teve a orientação do professor Nicholas Joseph Tavares da Cruz.

“Apesar do seu tamanho e da sua importância social, cultural e econômica para o estado de Alagoas, a Ufal ainda não dispõe de normas e nem de Manual de Gestão de Crises de Imagem. Além de desenvolver pesquisa com essa finalidade, o trabalho teve também como objetivo analisar a importância da comunicação nessas situações, identificar os impactos causados às organizações e examinar alguns casos concretos, destacando as ações que foram tomadas”, enfatizou o mestre em Administração Pública.

Programador Visual, Fernando Monteiro é formado em Publicidade e Propaganda, ingressou na Ufal em 2008 como técnico-administrativo e,  posteriormente,  prestou concurso em sua área de atuação. Antes de pertencer à equipe da Ascom, trabalhou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e no Departamento de Assuntos Pessoais (DAP). Foi também programador visual da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied).

Sobre a relevância do trabalho para a Ufal,  Fernando diz que o estudo traz várias análises da comunicação de crise, soluções que podem ser adotadas pela instituição, padronização nas ações de enfrentamento de crises de imagem, melhoria e agilidade nas respostas e ações que esse tipo de crise exige, assim como, redução dos impactos negativos causados na imagem da universidade. E reforça: 

“Os resultados evidenciaram que, diante de casos de crise de imagem ocorridos na Universidade Federal de Alagoas, não há procedimentos, normas ou treinamentos de pessoas para o enfrentamento dessas situações, não havendo a institucionalização do gerenciamento de crises de imagem na instituição” disse. E complementou: “Além disso, os resultados salientaram a necessidade de treinar e compor um quadro específico e contínuo de gestores e servidores para gerenciar essas situações”.

Lotado na Assessoria de Comunicação (Ascom), onde integra o Núcleo de Criação (NUC), Fernando aproveitou para destacar também a importância do trabalho para o setor no qual trabalha, responsável pelas ações de comunicação da Ufal: “Além do Produto Técnico - Tecnológico (PTT), que foi a construção do Manual, o trabalho traz também várias análises que são perfeitamente aplicáveis ao funcionamento do setor. Contém sugestões de melhorias na comunicação, principalmente, no que se refere ao gerenciamento de crises de imagem que têm ocorrido com bastante frequência na universidade”.  

Acrescenta, também, a importância do tema para a sua área de formação e atuação. “É muito relevante, uma vez que trabalha bastante a parte da comunicação e da psicologia da comunicação, também propicia uma visão mais proativa e também reativa com mais assertividade, em situações de crises, tanto no setor quanto na instituição”, enfatiza Tenório.

Ele faz um destaque para a Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº 1/2016 e a Portaria do MEC nº 234, de 15 de março de 2018, estabelecerem diretrizes gerais pertinentes ao gerenciamento dos riscos aos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, com o prazo de 60 meses, no caso da MP 234. “O prazo se venceu em 2024 e ainda não consta nenhum estudo ou documento neste sentido”.

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