Comunidade universitária prestigia exposição Refrações na Pinacoteca
- Atualizado em
Estudantes, professores e público em geral compareceram ao lançamento da exposição Refrações, que aconteceu no último dia 30 de março, na Pinacoteca da Ufal, localizada no Espaço Cultural da Praça Sinimbú.
Muitas pessoas aproveitaram para tirar fotos das peças que mais atrairam a atenção. Alguns pais levaram crianças para iniciar a educação visual e a sensibilidade para apreciar a produção artística. A exposição “Refrações – arte contemporânea em Alagoas” continua na Pinacoteca Universitária até o dia 28 de maio, nos seguintes horários: segundas, quartas e sextas, das 8h30 às 12h30 e das 14h às 18h; e terças e quintas, das 8h30 às 12h30 e das 14h às 20h.
A exposição busca fazer reverberar algumas das questões mais instigantes que perpassaram o processo de elaboração: a aproximação a um campo que não nos era familiar; a necessária – e, infelizmente, rarefeita – relação com a história da arte local; o diálogo com os paradigmas estéticos ditos internacionais; o estabelecimento de recortes curatoriais, e a sempre insistente dificuldade da síntese.
A origem
Há pouco mais de dez anos, a Pinacoteca da Universidade Federal de Alagoas foi reaberta nestas salas do Espaço Cultural. Para comemorar e expandir aquela conquista, que representou um importante amadurecimento para o campo da arte local, o então diretor da Pinacoteca, Rogério Gomes, concebeu a ideia de uma exposição que traçasse um panorama da produção artística alagoana de então, para o que convidou o curador carioca Marcus Lontra.
Assim surgiu a mostra Olhar Alagoas que, reunindo artistas de diferentes linguagens e interesses, ao longo do ano em que se manteve em pauta colaborou intensamente na formação do olhar estético de toda uma geração que surgia e que, agora, é o enfoque da mostra Refrações – arte contemporânea em Alagoas, que atualiza a empreitada panorâmica realizada em 1999.
Outra vez promover um diálogo entre curadores de outros lugares do País e os artistas alagoanos, na intenção de construir um recorte curatorial que analise e, a seu modo, sintetize a produção artística que se desenvolveu nos dez anos que se seguiram à exposição Olhar Alagoas foi a intenção da Pinacoteca ao convidar Bitu Cassundé (CE) e Clarissa Diniz (PE) a elaborar esta mostra.
Um – outro – olhar sobre a arte contemporânea local, na primeira década do século XXI, é o que aqui se apresenta e se refrata.
Bitu Cassundé
Graduado em Letras pela Universidade Federal do Ceará, mestrando em Crítica da Imagem pela EBA UFMG, foi curador assistente, coordenador da reserva técnica e pesquisa no MAC CE. Desenvolveu algumas curadorias como: Re-cortes do Eu (CCBNB - Fortaleza), Centrocidades (CCBNB - Fortaleza), Incisão (CCBNB - Cariri), Todos os Verbos no Feminino (MAC CE), Leonilson – 50 (MAC CE), Designu Desdobramentos (MAC CE), Entrelinhas (MAC CE), Desenhos e outras situações de risco (CCCBN – Fortaleza), Cartas/Trajetos (ENERGISA PB), Obsolescências (Casa Andrade Muricy – PR) em parceria com os curadores Marília Panitz e Marcio Harum, Rosa dos Ventos (Funarte Brasília). Participou do NE/Convergências em Natal, e é o atual diretor do Museu Murillo La Greca em Recife. Desenvolve trabalhos como crítico e curador independente.
Clarissa Diniz
Crítica de arte, é graduada em Lic. Ed. Artística/Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. É editora da Tatuí, revista de crítica de arte; e membro do coletivo Branco do Olho. Foi premiada com bolsa-pesquisa do 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, a partir da qual publicou o livro Crachá – aspectos da legitimação artística (Recife: Massangana, 2008). De curadorias desenvolvidas, destacam-se Encarar-se – Fernando Peres e Rodolfo Mesquita (Museu Murillo La Greca, Recife-PE, 2008) e O Lugar Dissonante, co-curadoria com Lucas Bambozzi (Espaço Cultural Torre Malakoff, Recife-PE, 2009). Tem textos publicados em revistas, catálogos e livros especializados. Atualmente, é curadora assistente do Programa Rumos Artes Visuais 2008/2009 (Instituto Itaú Cultural, São Paulo) e integra do Grupo de Críticos do Centro Cultural São Paulo, CCSP.