UAB inicia ano letivo com mais de 2 mil alunos em Alagoas
“Espero levar este curso para o resto da minha vida, e crescer de todas as formas: pessoal e profissionalmente”, declarou Wanedson Santos, morador de Olho d’Água das Flores e aprovado no Curso de Sistema da Informação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), oferecida pela Universidade Federal de Alagoas. A declaração de Wanedson reflete o desejo da maior parte dos alunos presentes à aula inaugural no sábado, 20 de março, aprovados no primeiro vestibular de suas vidas.
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Jhonathan Pino - jornalista
Se a frase citada acima parece comum no cotidiano de feras, ela ganha destaque na boca de estudantes que moram em cidades distantes da capital alagoana e que dificilmente poderiam sair de suas cidades para fazer um curso de quatro anos em uma universidade presencial. Os cursos a distância da UAB colecionam histórias de pessoas como a de Wanedson. No último vestibular, foram abertas 980 vagas para quatro cursos em cinco Polos de diferentes regiões do Estado.
A aula inaugural dos cursos a distancia contou com a participação de alunos dos Polos de Maragogi, Santana do Ipanema, São José da Laje, Maceió e de Olho d’Água das Flores. A reitora Ana Dayse Dorea, professores, coordenadores e tutores assistiram também a palestra da professora Nara Maria Pimentel, coordenadora geral de articulação acadêmica e representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Números revelam a importância do Ensino a Distância
Nara Maria Pimentel fez um panorama e projeções para a Educação a Distância (EaD) no Brasil. Entre os dados apresentados pela coordenadora, ela mostrou que apenas 7,4% da população entre 18 e 24 anos estão, ou possuem nível superior, e que somente 3,5% dos jovens alagoanos estão na universidade.
Para a coordenadora, os números revelam a importância da difusão da educação superior no país, “e a educação a distância vem ajudar-nos a superá-los. Mas para isso acontecer ela tem que ter a mesma qualidade do curso presencial, e por isso os alunos não devem aceitar uma educação com qualidade inferior”, concluiu Nara Maria. Hoje o país tem 88 universidades oferecendo cerca de 400 cursos a distância.
Depois da palestra, a reitora Ana Dayse Dorea, o pró-reitor de Graduação Anderson Dantas, e os professores Fátima Albuquerque, coordenadora da Pró-reitoria Estudantil, Aparecida Silva, coordenadora do curso de Administração Pública de modalidade EaD, Anamelea de Campos, coordenadora Institucional de EaD, Cláudia Milito, vice-diretora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), e Evandro de Barros, do Instituto de Computação, saudaram os novos alunos da Ufal.
A reitora ressaltou que o Centro de Educação (Cedu) foi pioneiro na educação a distância na Ufal, quando ofereceu cursos de capacitação a professores do Estado na década de 90, e que hoje ainda existem cerca de 40 mil professores sem formação superior em Alagoas. “A educação a distância vem atender a essa demanda. Não adianta construir pontes, ruas e praças se os cidadãos não são educados para a manutenção do interesse público”, ressaltou Ana Dayse.
Superando dificuldades
Segundo Ana Cristina Cavalcanti, coordenadora do Polo Maragogi, ainda existem muitas dificuldades no ensino a distância. “A gente recebe alunos em sua maioria de municípios vizinhos, inclusive de Pernambuco, mas a falta de transportes e de acesso à internet em boa parte dos municípios são empecilhos que os alunos superarem o dia a dia com o objetivo de terminar o curso”, desabafou ela.
Alunos que ainda tenham problemas de acesso podem entrar em contato com a Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) através do e-mail cied.ufal@gmail.com ou do telefone (82) 3214-1135.
