Ufal: uma comunidade de mulheres competentes

Circulando pelos Campi da Ufal, inclusive o que ainda vai ser inaugurado no Sertão, podemos constatar uma realidade animadora: esta comunidade é composta por mulheres competentes, destacadas, que lideram e criam em todas as áreas. Pelo menos nesse universo acadêmico, frases como: as mulheres não ocupam posição de destaque, as mulheres não são reconhecidas à altura de sua produção etc parecem estar sendo superadas.


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Reitora Ana Dayse
Reitora Ana Dayse

Lenilda Luna - jornalista

Não que vivamos numa sociedade à parte, mas pelo menos nessa instituição as mulheres conquistaram posições importantes, por mérito. Começando pelos principais cargos de direção: a reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, sertaneja que não mediu esforços e viagens à Brasília para realizar o sonho da interiorização da Ufal; a diretora do Campus Sertão, Edméia Nunes e a diretora acadêmica do campus Arapiraca, Simone Ferreira, que consolidam diariamente esse projeto de expansão do ensino universitário público federal no interior. No gabinete da reitoria, basta abrir a porta para perceber que as mulheres se destacam em várias funções, incluindo a chefia, ocupada pela dinâmica Maria José de Menezes Messias, a Zezé.

Depois vamos percorrer as pró-reitorias. É bem verdade que a equipe de pró-reitores é masculina. Das seis pró-reitorias, apenas uma é gerenciada por mulher: Silvia Cardeal, pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho, mas todos sabem que ela vale por muitos em função de uma agenda que começa cedinho e preenche todas suas horas. E nas demais pró-reitorias, os pró-reitores contam com um staff feminino da melhor qualidade e que “dá as ordens”, ou seja, cria projetos, propõe e organiza atividades.

Nas unidades acadêmicas, a presença das mulheres também é destacada entre diretoras e vice-diretoras. Mas, além da gestão, as mulheres são atuantes no Ensino, Pesquisa e Extensão, que são os pilares da Universidade. Professoras, pesquisadoras e alunas com projetos premiados nacional e internacionalmente, com reconhecida dedicação ao trabalho de construir e socializar conhecimentos.

Nos órgãos de apoio acadêmico e administrativo, também lá estão as mulheres atuantes a trabalhar intensamente pelo crescimento dessa instituição. Só para citar alguns nomes, Sheyla Maluf, organizadora de grandes bienais, a frente da Editora da Ufal, Pajuçara Marroquim, a cuidar dos filhos de funcionários e alunos, do Núcleo de Desenvolvimento Infantil, sem falar a Assessoria de Comunicação, composta majoritariamente por mulheres, da coordenadora, Márcia Alencar, às jornalistas e estagiárias.

Nos serviços mais simples, e não menos essenciais, também estão elas, solicitas e organizadas, a limpar, varrer, arrumar e preparar o lanche com a dedicação da querida dona Rai, na copa do gabinete.

Ainda há muito a superar em relação aos preconceitos e limitações impostos às mulheres no ambiente acadêmico e, principalmente, na sociedade como um todo, onde as mulheres não têm o privilégio de conviver numa comunidade de conhecimento. Aqui, pelo menos, os problemas são expostos e discutidos, até serem dissecados, isolados e analisados, além de outros procedimentos “científicos” para exorcizar fantasmas do passado.

Que o digam as nossas vozes feministas, conhecidas de toda a sociedade alagoana, como Belmira Magalhães, Ruth Vasconcelos, Maria Aparecida Batista, Elvira Barreto entre outras combativas guerreiras que se desdobram na defesa de direitos das mulheres e outros segmentos sociais.

Por isso, nesse centenário do Dia Internacional da Mulher, a Ufal, instituição feita de pessoas, tem muito do que se orgulhar. Por sua contribuição histórica, reflexão constante, por “sacudir” consciências e, principalmente, pelas belas mulheres, em todos os mais profundos sentidos, que circulam pelos seus corredores, laboratórios, gabinetes e salas de aula.

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 Obs. Não seria possível colocar nesse espaço a imagem de todas as grandes mulheres que fazem a Universidade Federal de Alagoas, mas, em nome da reitora e da Ascom, sintam-se todas homenageadas!