Aluna de Graduação em Biologia é aprovada no Doutorado da USP
“Participando de congressos, concluí que para ter uma real formação de bioquímica, que me permitisse competir em concursos para professor universitário nessa área, não deveria buscar outro lugar para uma pós-graduação no Brasil, exceto a Universidade de São Paulo (USP)”. Essa foi a revelação da licenciada e bacharel em Biologia pela Universidade Federal de Alagoas, Adriana de Menezes, que foi aprovada em maio passado no Mestrado em Bioquímica da USP de Ribeirão Preto e no início de julho aprovada para ingressar diretamente no Doutorado em Bioquímica da USP Capital.
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Madalena Fernandes – estudante de Jornalismo
A doutoranda, que ingressou no curso de Biologia em 2004, tinha paixão pela biologia marinha, mas se encantou pela bioquímica logo no primeiro ano, quando fez a disciplina de Bioquímica geral. “No último ano do curso 2007 resolvi que meu destino era a bioquímica, pois terminei de me apaixonar quando em 2006 cursei as disciplinas eletivas de Bioquímica Clínica e Bioquímica, Fisiologia e Ecologia de Microrganismos”, assegura a Bióloga que foi monitora da disciplina de Bioquímica Clinica.
Paralelo a monitoria, Adriana de Menezes, desenvolveu pesquisas sobre bioquímica de microrganismos, no laboratório de Bioquímica do Parasitismo e Microbiologia Ambiental do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), na Ufal orientada pela professora Ana Queijeiro. As pesquisas, segundo a estudante, serviram de base para seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC que teve como tema a “Produção de surfactantes e enzimas lipolíticas por bactérias isoladas de resíduos sólidos de agroindústria sucroalcooleira”.
Com diploma de licenciatura nas mãos, a bióloga acrescentou a formação com o bacharelado, através do reingresso. A partir daí Adriana acentuou o sonho pelo doutorado e a paixão pela Bioquímica ao participar do Congresso da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, com participação de mais de 10.000 membros, incentivada pela orientadora do estágio, Ana Queijeiro. “Eu não queria mudar de área só para me adaptar às ofertas de doutorado disponibilizadas na Ufal. Não busquei o caminho mais fácil na graduação e não seria numa pós-graduação que eu faria aquilo que sempre critiquei”, posiciona Adriana.
Duas aprovações na USP de uma só vez
A doutoranda participou da seleção para o mestrado da USP/Ribeirão Preto onde foi aprovado em primeiro lugar, mas não ingressou. Ela optou pelo doutorado direto da Bioquímica na USP/Capital, por ser considerado o melhor da América Latina. “Meu alvo nos últimos dois anos sempre foi o doutorado. Felizmente fui aprovada em segundo lugar. Estou sendo orientanda da professora Marisa Helena Medeiros, em estudos de oxido-redução envolvendo lesões em biomoléculas”, comemora.
O curso de doutorado direto da USP/Capital tem duração de 5 anos, já para quem tem mestrado é de 4 anos.“Pretendo, ao concluí-lo, tentar voltar para Maceió para contribuir para o desenvolvimento da nossa terra alagoana e disseminar aqui o conhecimento adquirido pela USP”, sonha a Adriana e a ex-orientadora Ana Queijeiro, que sempre incentiva os alunos a realizar o projeto da Ufal, que é ter como professores/pesquisadores também os alunos formados neste Estado.
