Ufal avalia Programa de Ações Afirmativas

Nesta quinta-feira, 18, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) apresenta o Programa de Ações Afirmativas (PAAF) da Ufal, integrando o seminário “Avaliação do Programa de Ações Afirmativas”, no auditório do antigo Csau, no Campus Maceió, a partir das 13h30.


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Clara Suassuna é a coordenadora do Seminário
Clara Suassuna é a coordenadora do Seminário

Julianne Leão – estudante de Jornalismo

 

O Neab realizará um momento de análise do PAAF, que foi idealizado pelo professor Moisés Santana e aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) em 2003, e é dividido em quatro linhas de trabalho: Sistema de Cotas; Políticas de Acesso e Permanência; Políticas Curriculares e a Formação de Professores e as Políticas de Produção de Conhecimento e Avaliação dos Programas Afro-Atitude e Odê Ayê, através dos estudantes bolsistas.

 

A diretora do Neab, professora Clara Suassuna Fernandes, é a coordenadora do Seminário que terá na solenidade de abertura  palestra da professora Josélia Monteiro, do Neab, e as presenças dos pró-reitores Eduardo Lyra, de Extensão; Pedro Nelson, Estudantil; Josealdo Tonholo, de Pesquisa e Pós-graduação; João Carlos Barbirato, de Gestão Institucional e Sheila Maluf, diretora da Edufal. 

 

O Neab capacita professores para trabalhar com alunos cotistas, além de contar com a política de capacitação para o interior. Municípios como Arapiraca, Taquarana, União dos Palmares, Olho D'Água das Flores, São Miguel dos Milagres e Canapi, por exemplo, já foram visitados pelo Núcleo. Uma outra ação que complementa o Programa de Ações Afirmativas é a publicação do 5º volume da coleção de livros Kulé-Kulé (raízes), através daEdufal,  que contribui com o fortalecimento e extensão dos valores e cultura afro.

Enem 2011

Na Universidade Federal de Alagoas o Programa de Políticas de Ações Afirmativas entrou em vigor em 2004 com o primeiro processo seletivo em 2005. De 2005 a 2011 já ingressaram na Ufal um total de 3.939 alunos pretos e pardos de escola pública, autodeclarados. Em 2005, o número de alunos ingressantes através do sistema de cotas totalizou 192, e no ano de 2011 esse número pulou para 918.

A Ufal destina 20% das vagas para os cotistas, sendo dessa porcentagem destinados 60% para mulheres e 40% para os homens. Essa divisão é feita para estimular as mulheres a estudar, conforme explica a professora Clara Suassuna: “é cada vez mais crescente o número de meninas que engravidam cedo, ou que tem que cuidar de trabalhos domésticos, e por isso, acabam deixando os estudos de lado. Essa ação da Universidade visa incentivar essas mulheres a não pararem de estudar”, diz. E completa: “muitos destes alunos cotistas têm melhor aproveitamento do que os alunos não-cotistas, já que estes estão sempre envolvidos em projetos e ações que a universidade proporciona”.

A professora Clara explica que o Programa de Ações Afirmativas vai até o ano de 2014, e o Enem vai contar com o sistema de cotas. O sistema de auto-declaração de cotistas para a Universidade permanecerá, mas será realizado internamente, através da Copeve.