Ufal em Defesa da Vida debate a violência nas ruas de Maceió
- Atualizado em
Diana Monteiro – jornalista
“Vida e morte nas ruas de Maceió. Onde estão os direitos da população em situação de rua?”, é o tema do 10º ato promovido pelo Programa Ufal em Defesa da Vida, que seria realizado nesta quarta-feira, 31 de agosto, no Campus Maceió, mas que por causa da falta de energia no campus teve adiada a mesarredonda no auditório da Reitoria, com a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil/Alagoas, Gilberto Irineu; do militante na área de Direitos Humanos Pedro Montenegro; da representante da Secretaria Municipal de Saúde Jorgina Sales; e de um representante da população foco do evento, foi adiada.
Também foram adiadas as atividades programadas para o período da tarde, quando haveria a apresentação do Plano Intersetorial e Inclusivo de Ações para a População em Situação de Rua, para o biênio 2011-2012.
De acordo com a professora Ruth Vasconcelos, coordenadora de Política Estudantil e do Programa Ufal em Defesa da Vida, como os demais atos promovidos, diversas atividades estão definidas com o objetivo de mobilizar e convocar a comunidade universitária e a sociedade em geral para discutir a dramática realidade no alto índice de mortes violentas que atinge a população em situação de rua na capital alagoana.
Ela adianta que a professora Jorgina Sales, que é também docente da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) da Ufal, fará um relato da sua experiência em consultório de rua denominado “Fique de Boa!”. A partir das 14h, no auditório do Csau, estão definidas a exibição de um filme sobre a temática, seguido de debates; apresentação cultural com participação dos programas Vivência de Arte, coordenado pela Proest ; e uma exposição de fotografias e esculturas feitas de reciclados, confeccionados pela população em situação de rua. Confira a programação completa em anexo.
Plano
O Plano Intersetorial será apresentado pelo representante da OAB Gilberto Irineu e é resultado de 10 meses de discussão e de um seminário municipal. Para elaboração envolveu desde o início as Secretarias Municipais de Direitos Humanos; de Educação; de Saúde, do Trabalho; e da Assistência Social. Participaram também a Arquidiocese de Maceió, Movimento Erê, Paróquia de São Pedro, Padre Rogério da Igreja do Jacintinho, dois representantes de população em situação de rua e representantes da sociedade civil.
A Universidade Federal de Alagoas vem promovendo há dois anos debates enfocando as várias formas e expressões de violência na sociedade, através do Programa Ufal em Defesa da Vida. “É importante destacar que o espaço de debate com o foco na violência foi implementado e consolidado, a partir da atual gestão denominada de Ufal mais Viva. A discussão de uma problemática de tamanha importância para a sociedade precisa ser refletida por todos nós. Essa realidade expressa a perversidade e a intolerância que podemos produzir quando não respeitamos a vida e os direitos sociais em sua plenitude”, enfatiza a professora Ruth Vasconcelos”, fazendo uma convocação às comunidades universitária e geral.