Curso debate impacto da pobreza no cenário educacional

Objetivo é formar profissionais da educação básica e outros envolvidos com políticas sociais


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Evento foi realizado no auditório da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar)
Evento foi realizado no auditório da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar)

Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo

Gestores escolares, professores e coordenadores pedagógicos se reuniram na última terça-feira (31) para a palestra de abertura do curso Educação, Pobreza e Desigualdade Social (EPDS), realizada no auditório da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar). O curso é resultante da parceria entre a Pró-reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Coordenação Geral de Acompanhamento da Inclusão Escolar, vinculada à Diretoria de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC).

“Só existe pobreza porque existe desigualdade social”, afirmou a reitora Valéria Correia durante a mesa de abertura do evento. Segundo ela, a Universidade só tem sentido de existência se servir à sociedade e o curso a coloca no seu papel fundamental. O EPDS visa formar, em nível de aperfeiçoamento, trezentos profissionais da educação básica e outros envolvidos com políticas sociais que estabelecem relações com a educação para romper com práticas escolares que reforçam a condição de pobreza e reproduzem as desigualdades sociais.

Essa edição é de aperfeiçoamento, mas o Ministério da Educação (MEC) já sinalizou a intenção de que a próxima turma seja de especialização. “Para nós é algo muito importante. É um curso que muito se relaciona às especificidades e demandas do nosso Estado. Enquanto Centro de Educação [Cedu] é mais que um dever, é um direito das crianças e adolescentes que possamos discutir, analisar e pesquisar os que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza”, explicou a coordenadora do curso, professora Edna Cristina do Prado.

Representando a Proex, Maria Betânia da Silva destacou o compromisso dos educadores com o povo alagoano. “Esse curso abre a possibilidade de dialogar e entender as necessidades que estão no nosso dia a dia. É um grande desafio trabalhar com educação, desigualdade e pobreza e isso não pode ser analisado de forma descontextualizada”, completou.

Durante a solenidade, o município de Teotônio Vilela recebeu uma premiação simbólica por ter inscrito o maior número de profissionais no curso.