Conselho Consultivo do HU acompanha apresentação de um ano de gestão

A ex-superintendente Fátima Siliansky apresentou as ações desenvolvidas durante sua administração


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Conselho Consultivo acompanhou apresentação
Conselho Consultivo acompanhou apresentação

Lenilda Luna - jornalista

Na tarde desta terça-feira (27), os integrantes do Conselho Consultivo do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes acompanharam a apresentação do relatório de um ano de gestão. A ex-superintendente, Fátima Siliansky, apresentou as ações realizadas entre maio de 2016 a maio de 2017, numa sessão aberta com a participação da reitora Valéria Correia, de integrantes da equipe de gestão do HU, da nova superintendente, Maria Regina Santos e dos representantes dos funcionários do hospital, estudantes, usuários e professores.

No início da atividade, a reitora Valéria Correia destacou a importância do Conselho Consultivo, que foi criado durante a superintendência de Fátima Siliansky. A primeira reunião foi realizada em setembro de 2016 e esta segunda aconteceu com o objetivo específico de apresentar e debater o relatório. "Enfatizamos sempre o caráter público e socialmente referenciado deste hospital que presta um serviço essencial à população alagoana e à comunidade universitária. É fundamental que os usuários conheçam a gestão, saibam quais os recursos recebidos e de que forma são destinados e tenham um mecanismo de participação nas decisões", declarou a reitora.

Fátima Siliansky iniciou a apresentação ressaltando a importância de manter e consolidar o Conselho Consultivo e a prática de prestar contas publicamente das ações da gestão. "Isso faz parte do princípio de transparência e de participação na gestão pública, mas que não é comum em muitos órgãos da administração federal. O relatório que apresentamos foi elaborado de forma coletiva, tem mais de trezentas páginas e está disponível a quem quiser consultá-lo", destacou a ex-superintendente do HU.

Na apresentação foram resumidas as reuniões setoriais, os debates com as representações setoriais e algumas medidas emergenciais tomadas nos primeiros dias de gestão. "Uma das ações, por exemplo, foi organizar a sala da ouvidoria, que tinha uma parede envidraçada, com um vigilante na porta. Ou seja, era uma intimidação para quem desejasse fazer uma denúncia. Nós garantimos a confidencialidade do atendimento, fornecendo uma sala isolada, onde o denunciante tem a tranquilidade de não estar sendo visto, nem ouvido", narrou Siliansky.

Outras ações destacadas por ela foram relacionadas ao gerenciamento dos riscos encontrados no início da gestão. "Quando assumimos havia risco de descredenciamento de programas, multas, existiam ações civis públicas contra o hospital e ainda o risco de perda de recursos da contratualização. Fizemos um diagnóstico para encaminhar a resolução de problemas como falta de pessoal e não aquisição de equipamentos importantes para habilitação diante do Ministério da Saúde", informou Fátima.

O relatório apresentou as ações como reformas de espaços físicos, implementação de rotinas e protocolos, criação e reativação de comissões obrigatórias. "Se não enfrentássemos esses problemas, a população poderia perder a assistência de programas que só são disponibilizados nesse hospital, como a cirurgia bariátrica", ressaltou a ex-superintendente, destacando a importância da continuidade do trabalho, sob a liderança da nova superintendente, Maria Regina Santos.

Trabalho contínuo pelos usuários

Durante a sessão na tarde desta terça-feira, Valéria Correia relatou os acontecimentos recentes que culminaram com a exoneração da professora Fátima Siliansky pela direção nacional da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). "Foi uma semana tensa em que tivemos de reafirmar os princípios da autonomia universitária que já foram limitados no contrato com a Ebserh, já que a prerrogativa da reitora é apenas de indicação da superintendência, mas sem o poder de nomear e exonerar. Ainda assim, durante as negociações, tivemos que defender a indicação do nome da professora Maria Regina Santos na perspectiva de superar o impasse e dar continuidade ao importante trabalho que estamos realizando para que esse hospital possa ampliar e qualificar o atendimento à população alagoana", esclareceu a reitora.

Sobre a nova superintendente e a equipe formada por Huayna Valença Padilha, que continua na gerência administrativa, Manuel Álvaro, na gerência de Atenção à Saúde, e a professora Vicentina Wanderley, na gerência de Ensino e Pesquisa, a reitora afirmou a confiança na continuidade do trabalho realizado no Hospital Universitário. "A professora Regina tem nesse contexto um grande desafio, mas ela é uma mulher que teve a vida marcada pelo enfrentamento em defesa da Saúde Pública de qualidade, por isso está à altura da tarefa. Como gerente de Ensino e Pesquisa, ela já desempenhava muito bem suas funções, aproximando as Unidades Acadêmicas do HU", ressaltou Valéria Correia.

A reitora destacou ainda que a disposição da gestão, desde o início, de implementar um tratamento equitativo, isonômico e transparente com os trabalhadores, independente de vínculos empregatícios. "Todos os trabalhadores e trabalhadoras deste hospital, sejam servidores da Ebserh ou do Regime Jurídico Único, são essenciais para oferecer à população um atendimento de qualidade. Nossa responsabilidade é grande num estado em que 90% da população depende do SUS e onde esse é o único hospital público de referência para média e alta complexidades", avaliou a reitora.