Audiência Pública é marcada pela prestação de contas e escuta à comunidade universitária
Ação marca o início do terceiro ano de gestão da reitora Valéria Correia
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Izadora García – relações públicas
Na manhã da última segunda-feira (21), aconteceu a 3ª Audiência Pública da Universidade Federal de Alagoas. O evento, já consagrado pelo calendário institucional da gestão, tem como objetivo consolidar um espaço de prestação de contas das ações e escuta da comunidade acadêmica e contou com a presença de docentes, técnicos e estudantes. Na ocasião, foram apresentadas as principais ações realizadas no último ano e a nota técnica de orçamento para 2018. Em seguida, a palavra foi cedida para a comunidade universitária opinar e realizar proposições.
A reitora, Valéria Correia, que presidiu a cerimônia, iniciou falando sobre a conjuntura adversa que as instituições públicas de ensino superior vêm enfrentando desde 2016, com um forte contingenciamento de recursos. Além disso, relembrou marcos importantes na sua trajetória enquanto gestora da universidade e propostas de campanha que foram instituídas, como o voto paritário para os três segmentos universitário e uma maior transparência nas ações da gestão.
O conceito 4 atingido pela Ufal durante o processo de recredenciamento pelo MEC foi citado pela reitora como o momento mais emblemático do ano. A Ufal conseguiu conceito 5 nos eixos ensino, pesquisa, extensão e gestão institucional, os relacionados às atividades-fim da universidade.
“Conseguimos mobilizar a comunidade acadêmica em torno do processo de recredenciamento. A crise não está dentro da universidade, ela se impõe a nós pela redução nos financiamentos. Mas o conceito 4 mostra que o esforço coletivo das pessoas que fazem a universidade – docentes, técnicos e alunos – é importante para o nosso desenvolvimento”.
Durante a audiência, as ações exitosas da universidade foram pontuadas em oito eixos: ensino; pós-graduação, pesquisa e inovação tecnológica; extensão; gestão de pessoas; assistência estudantil; gestão institucional e infraestrutura e Hospital Universitário.
Os destaques na linha ensino foram a ascensão de conceito dos cursos de graduação, o aumento na diplomação, a calourada unificada nos 3 campi, a revisão das matrizes curriculares por tronco e o aumento de bolsas de monitoria.
Com relação à pós-graduação, pesquisa e inovação tecnológica, foram pontuados o aumento de professores visitantes e o apoio à publicação de artigos. Além disso, o número de bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) financiadas pela cota Ufal teve aumento, em um momento crítico marcado pelo corte de bolsas do CNPq.
No eixo extensão, as ações destacadas foram a incorporação da Orquestra Pedagógica e do Abi Axé Egbé enquanto equipamentos culturais da universidade, implementação da curricularização da extensão, implementação do Centro de Documentação e Memória Artístico-cultural da Ufal e a reativação da revista Extensão em Debate. Também foram pontuadas as ações de extensão no interior e as obras de infraestrutura de equipamentos culturais como o Museu Théo Brandão, Pinacoteca e Espaço Cultural.
A gestão de pessoas da universidade também apresentou ações exitosas: editais de contratação de professores substitutos para garantir a saída de docentes para qualificação e para participação de servidores em eventos externos, a realização de seminários sobre assédio moral e sexual, flexibilização da jornada de trabalho e implantação do Fórum dos Técnicos.
Auxílios financeiros, o programa RU Ágil, a criação de sala para o Núcleo de Acessibilidade (NAC), a reativação dos Centros de Inclusão Digital e a tratativa sobre transportes foram pontuadas como principais ações da assistência estudantil no último ano.
No que tange à gestão institucional da universidade, a descentralização de recursos para os campi do interior foi citada como um importante avanço. Nesse novo molde, eles terão recursos de diárias e passagens descentralizados, por meio de análise prévia, da mesma forma que acontece com as demandas administrativas do campus A. C. Simões. Além disso, os recursos de manutenção predial também foram descentralizados.
Apesar dos cortes orçamentários, a gestão de infraestrutura conseguiu concluir obras, equipar laboratórios com cerca de 500 computadores, instalar bebedouros e renovar parcialmente o mobiliário de alguns blocos com a entrega de 3.000 carteiras escolares. Além disso, obras de manutenção como limpeza das galerias de drenagem, instalação de refletores, capinagem e impermeabilização de cobertas das unidades foram realizadas em ritmo acelerado. Na mesma linha, outras importantes conquistas para a comunidade universitária, foram a modernização do parque tecnológico do sistema de câmeras de monitoramento e o aumento dos postos de segurança.
Diversas ações também aconteceram no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) durante o último ano. O aumento do número de leitos para pacientes oncológicos, a finalização do centro endoscópico e de tratamento, a recuperação do auditório central e o início das reformas no centro de estudos e na UTI pediátrica estão entre os diversos pontos citados pela gestão.
Por fim, foram apontados os desafios em gerir a Ufal e os projetos futuros. O evento foi encerrado com a abertura de espaço para sugestões e críticas sobre o balanço de gestão realizado. Nesse momento, a comunidade universitária pôde sanar dúvidas sobre as ações apresentadas, além de propor demandas à reitoria.