Projeto do Instituto de Matemática da Ufal integra base mundial da Unesco
Mulheres nas Exatas, Engenharias e Computação é desenvolvido pela professora Juliana Theodoro
- Atualizado em 21/02/2025 14h09

O projeto Mulheres nas Exatas, Engenharias e Computação, do Instituto de Matemática (IM) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), coordenado pela professora Juliana Roberta Theodoro de Lima, agora faz parte da base mundial de projetos de igualdade e equidade de gênero da Unesco. A inclusão ocorreu após um contato da equipe de Ciências Tecnológicas e Inovação da Divisão de Políticas Científicas e Ciências Básicas da organização, que solicitou informações sobre a iniciativa para integrá-la ao HUB de Ciência Aberta e Inclusiva.
A Unesco anunciou o lançamento do HUB de Ciência Aberta e Inclusiva no dia 11 de fevereiro deste ano, para marcar a comemoração do 10º aniversário do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A plataforma tem como objetivo promover a inclusão e a participação equitativa na ciência, reunindo projetos liderados por cientistas mulheres em diversas áreas do conhecimento ao redor do mundo. O HUB faz parte da campanha: Imagine um mundo com mais mulheres na ciência, que busca fomentar reflexões sobre o impacto da maior representatividade feminina na pesquisa científica.
HUB é uma sigla que “representa um ponto central onde diversos elementos convergem ou se interconectam”. O HUB de Ciência Aberta e Inclusiva é um centro de conhecimento e compartilhamento de informações que, neste caso, funciona como um repositório global que conecta iniciativas, pesquisas e projetos voltados à inclusão de mulheres na ciência, promovendo a visibilidade e o reconhecimento dessas contribuições.
Essa iniciativa conta com o apoio do Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento do Canadá (IDRC) e busca destacar as contribuições das mulheres na ciência, incentivando políticas e ações para um ambiente mais inclusivo. O projeto Mulheres nas Exatas do IM da Ufal agora pode ser acessado na plataforma da Unesco, dentro desta base de dados global, o que representa um reconhecimento internacional da relevância do trabalho realizado pela professora Juliana.
Por seu trabalho no desenvolvimento da Ciência e na inclusão das mulheres, a docente já foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Maceió, em 2024. O título de cidadã honorária para essa paulista que já vive em Maceió, desde 2016, foi um reconhecimento ao esforço contínuo da docente e da equipe do projeto em incentivar a participação feminina em áreas historicamente sub-representadas.
A professora Juliana comemora mais esse reconhecimento e considera a responsabilidade dessa visibilidade para o trabalho realizado na Ufal. “Isso mostra que existem profissionais, principalmente mulheres cientistas, que estão levando o nome da nossa Ufal para além dos muros nacionais: tendo representação internacional de um projeto de igualdade e equidade de gênero com uma bagagem de sete anos, vários prêmios e reconhecimentos nacionais e, agora, dentro da base internacional de projetos e ações mundiais de políticas de igualdade e equidade de gênero da Unesco”, concluiu a pesquisadora.